MP investiga se grupo de milícia no Ceará estaria coordenando ameaças e ataques a membros da CGD - Cariri Ativo - A Notícia Com Credibilidade e Imparcialidade
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MP investiga se grupo de milícia no Ceará estaria coordenando ameaças e ataques a membros da CGD

MP investiga se grupo de milícia no Ceará estaria coordenando ameaças e ataques a membros da CGD

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Ministério Público pediu dados de aparelhos celulares, chips e cartões de investigados no caso de policial militar investigado por extorsão.


O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), através da 149ª Promotoria de Justiça de Fortaleza, solicitou a extração de dados de aparelhos celulares, chips e cartões apreendidos durante abordagem de investigadores da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública do Ceará (CGD) a um policial militar investigado por suposta extorsão. Segundo o documento, os investigadores passaram a sofrer ataques em redes sociais coordenados por grupos de milícia, que teriam interesse no fim da CGD.
Durante a abordagem, que aconteceu no dia 20 do último mês, o policial militar que está sob investigação teria marcado um encontro com uma vítima para o pagamento da extorsão. A ação foi comunicada à equipe da Delegacia de Assuntos Internos (DAI/CGD), que surpreendeu o policial logo após ter ido buscar o dinheiro fruto da extorsão à vítima. Ao perceber a aproximação dos agentes da DAI, o PM correu, sendo baleado pelas costas. A ação foi registrada em vídeo.
Conforme a representação do MPCE, a investigação policial aponta que acusado, em companhia de outros indivíduos e com intuito de obter vantagem indevida, abordou a vítima em uma oficina, na presença de duas testemunhas, algemando-a e obrigando-a a ingressar no carro em que se deslocavam, passando a transitar com a vítima por cerca de quatro horas, período em que ameaçaram matá-lo caso não fosse paga a quantia de R$ 100 mil. Após a liberação da vítima, os suspeitos continuaram as ameaças por meio de conversas de aplicativos de mensagens, com promessas de morte também dirigidas ao seus familiares.
"No dia da sua prisão em flagrante, o custodiado aproximou-se da vítima, portando ostensivamente uma pistola calibre .40, com carregador e 22 munições do mesmo calibre, fato ocorrido em via pública, e em horário de intenso movimento de veículos e pedestres", diz trecho do documento.
A representação também informa que os investigadores passaram a sofrer ataques em redes sociais, por meio de imagens, vídeos, e dos nomes desses policias que estão circulando em grupos de aplicativo de mensagens.
Tais ataques estariam sendo coordenados por grupos de milícia, que teriam interesse no fim da CGD. Alguns dos policiais que participaram da ocorrência estão sendo ameaçados de morte por meio destes grupos, e já teria ocorrido, inclusive, uma solicitação para incluí-los em programa de proteção de testemunhas e vítimas do Estado.
Por tais ameaças, o MPCE classificou que a extração de dados dos aparelhos celulares, chips e cartões é indispensável para apurar a conduta atribuída ao acusado, elucidando a autoria delitiva em toda sua extensão.
mais.opovo.com.b
13.09.2019