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PF indicia ministro do Turismo em caso de laranjas do PSL

PF indicia ministro do Turismo em caso de laranjas do PSL

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Sérgio Lima/Poder360 - 7.mai.2019
Investigação da Polícia Federal envolve Marcelo Álvaro Antônio, ministro do Turismo
Relatório foi enviado ao MP de Minas Gerais,Servirá de base para uma possível denúncia.

A Polícia Federal indiciou o ministro Marcelo Álvaro Antônio (Turismo) e mais 10 pessoas no inquérito sobre o uso de candidaturas-laranja no PSL em Minas Gerais. Álvaro Antônio foi presidente da sigla no Estado durante as eleições de 2018 e nega irregularidades.
O ministro foi indiciado sob suspeita dos crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa. As informações foram publicadas pela Folha de S. Paulo. Eis a lista dos indiciados:
  1. Marcelo Álvaro Antônio – ministro
  2. Irineu Inacio da Silva – deputado estadual em Minas pelo PSL
  3. Lilian Bernardino – suspeita de ser candidata-laranja
  4. Debora Gomes – suspeita de ser candidata-laranja
  5. Camila Fernandes – suspeita de ser candidata-laranja
  6. Naftali Tamar – suspeita de ser candidata-laranja
  7. Marcelo Raid Soares – dono de duas empresas gráficas em Belo Horizonte
  8. Roberto Silva Soares – assessor do ministro
  9. Mateus Von Rondon – assessor especial do ministro
  10. Reginaldo Donizeti Soares – irmão de Roberto Silva Soares
  11. Haissander de Paula – ex-assessor do ministro quando ele era deputado federal
Em 13 de março, em café da manhã com jornalistas, o presidente Jair Bolsonaro defendeu a investigação da PF. Quando houver uma conclusão, o presidente afirmou que ouvirá seus ministros. “Será tomada uma decisão que fará jus ao nosso compromisso de campanha”.

ENTENDA O CASO

Segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo em 4 de fevereiro, o ministro teria patrocinado 1 esquema de laranjas no Estado que direcionou verbas públicas de campanha eleitoral para empresas ligadas ao seu gabinete na Câmara.
De acordo o jornal, o ministro indicou ao comando nacional do PSL e repassou R$ 279 mil para as candidatas Lilian BernardinoMilla FernandesDébora Gomes e Naftali Tamar. Elas não apresentaram desempenho significativo nas eleições. Juntas, receberam 2.084 votos, o que motivou as suspeitas de irregularidades.
Segundo a Folha, do dinheiro repassado, ao menos R$ 85.000 foram para as contas de 4 empresas de conhecidos ou parentes de Marcelo.
Marcelo Álvaro negou as acusações e em entrevista ao Jornal do SBT, em 25 de fevereiro. Afirmou que “ninguém foi plantado pra ser candidato ou candidata” pelo PSL no Estado. Também tentou levar a investigação do caso para o âmbito do Supremo Tribunal Federal em razão da prerrogativa do foro privilegiado. Mas o ministro Luiz Fux rejeitou o pedido.
O ministro do Turismo também tentou retirar 13 reportagens da Folha do ar. A juíza Grace Correa Pereira Maia, da 9ª Vara Cível de Brasília, negou o pedido.
Já em abril, delegado Marinho Rezende, chefe da Delegacia de Defesa Institucional, da Polícia Federal em Minas Gerais, afirmou haver indícios concretos de que, pelo menos, 4 candidatas do PSL nas eleições de 2018 mentiram na prestação de contas à Justiça Eleitoral.
poder360.com.br
04.09.2019