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Palma forrageira: estratégia de nutrição para época de estiagem

Palma forrageira: estratégia de nutrição para época de estiagem

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Foto: Commonike e Campo Forte
Por Niraldo Muniz
A palma forrageira é uma cactácea de origem mexicana e de fácil propagação, onde as raquetes, se bem manejadas e com solo ideal para o cultivo, promovem mais de 90% de sobrevivência dos animais. Tem baixa exigência hídrica, onde cinco litros de água por metro linear, colocada uma vez por semana, é o suficiente para mantê-la viva. Nessas condições, segundo pesquisas científicas, tem variedades que chegam a produzir mais de 200 mil kg de massa verde por ano.
O solo que recebe as mudas da planta deve ser bem drenado, pois o excesso de água promove o apodrecimento dela. Não é recomendado o plantio dela na época chuvosa, tendo em vista que nesse período não é possível que o produtor controle a quantidade de água colocada na área de plantio. Por outro lado, no período de estiagem pouca água é suficiente para se manter o cultivo.
De acordo com informações do Instituto Nacional do Semiárido (INSA) publicadas em 2018 e com dados extraídas dos resultados preliminares do Censo Agropecuário 2017, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a quantidade produzida de palma forrageira nos estados que compõem o Semiárido é de 3,5 milhões de toneladas. No Ceará, a produção é de 18,6 mil toneladas, ficando em sétimo lugar dentre os estados que possuem território incluído no mapa, que são Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Espécies e formas de preparo
Pesquisas no manejo da cultura, escolha de cultivares mais produtivos, técnicas de adubação e irrigação diminuíram o intervalo de corte do cacto. Em aproximadamente 45 dias após o corte ela provavelmente poderá ser cortada novamente para alimentar o rebanho. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) alega que entre as variedades mais cultivadas, destacam-se a Gigante, a Redonda, a Orelha de elefante, todas do gênero Opuntia, e a Miúda, do gênero Nopalea.
Na alimentação de ruminantes, a palma pode ser usada de diversas formas, entretanto o método de uso difere segundo algumas circunstâncias, tais como, disponibilidade de mão de obra, instalações, maquinário e disponibilidade do material. Algumas podem ser picadas e fornecidas aos animais, outras desidratadas e transformadas em farelo, ensilados, ou pode ser feito pastejo direto, entretanto o método mais comum de uso é o picado.
badalo.com.br
12.02.2020