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Escolas particulares decidem como será o retorno dos alunos

Escolas particulares decidem como será o retorno dos alunos

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AULAS VIRTUAIS continuam; escolas fizeram consulta aos pais sobre preferência da modalidade de ensino
A poucos dias do início da fase 4, a última da reabertura gradual das atividades em Fortaleza antes do período de transição, pais de alunos têm participado da discussão sobre se os filhos terão aulas no regime presencial, online ou no modelo que combine as duas modalidades, o preferido pela maioria das escolas.


Proprietários de escolas, diretores, professores e equipes técnicas têm discutido intensamente como será o retorno às aulas no próximo dia 20, data prevista para início da fase que libera a atividade das escolas particulares em Fortaleza. Enquanto aguardam a publicação do decreto estadual que definirá as regras, o modelo que vem conquistando a preferência dos estabelecimentos de ensino é o híbrido, que prevê aulas online e presenciais.
"O retorno será gradual, de acordo com a série, utilizando o ensino híbrido o máximo possível. Estamos fazendo pesquisas constantes para saber se os alunos devem retornar ou não. O momento é inédito, delicado e difícil e não temos uma data certa para o retorno. Estamos aguardando as definições que faltam, inclusive em relação a se o retorno das escolas públicas será junto com o das particulares", afirma Oto de Sá Cavalcante, diretor-presidente do Colégio Ari de Sá Cavalcante.
"Estamos esperando as ordens governamentais para marcar o retorno. Estavam falando em dia 20 (de julho) e agora já se fala em agosto, então está tudo muito incerto. Não vai dar para ser o ensino 100% presencial porque não há estrutura para isso (manter o distanciamento mínimo entre os alunos). A decisão (sobre o ensino ser presencial, online ou híbrido) não foi compartilhada com os pais porque temos que ver como a estrutura da escola permite atender as exigências protocolares", explica Leticia Gontijo, supervisora pedagógica do Colégio Lourenço Filho. "A volta presencial, até agora, será dos alunos do fundamental 1 e do ensino médio, por causa do Enem", completa. 
Algumas instituições, no entanto, já possuem previsão de retomada das aulas. No Colégio 7 de Setembro, o planejado é que as turmas do ensino infantil voltem no dia 20 e as demais séries, no dia 3 de agosto. "Não paramos no primeiro semestre e agora, em julho, estamos dando férias para professores e alunos. Para o retorno, as famílias vão poder escolher se voltam ao presencial ou continuam no digital", afirma o diretor Henrique Soárez. "Do ponto de vista de saúde, se o aluno acordou com febre, não precisará se preocupar em ir para o colégio. Ele vai poder assistir a aula no digital", complementa Soárez. A medida será adotada caso o aluno apresente sintomas ou tenha contato com alguém com suspeita de Covid-19.
O colégio Espaço Aberto deve retornar apenas no dia 3 de agosto com o modelo híbrido. "Demos três semanas de férias em abril e vamos dar a quarta no final de julho, com retorno no dia 3. As aulas serão presenciais e online, para atender o que as famílias dos alunos indicaram na pesquisa que fizemos. A grande maioria queria o retorno apenas em outubro ou até mesmo no ano que vem, com exceção dos pais de alunos na educação infantil, que queriam para agora, algo compreensível porque os pais precisam trabalhar e não têm com quem deixar as crianças", explica o diretor Murilo Martins. "O melhor modelo é o híbrido, até porque não vai dar para comportar todo mundo no presencial, devido às regras de distanciamento, que vão reduzir a ocupação nas escolas entre 40 e 50%", indica.
"A princípio, as aulas estão previstas para 20 de julho, mas existe um movimento que faz a gente acreditar que talvez isso não aconteça. Então estamos esperando um posicionamento (do governo estadual)", afirma Fernanda Denardin, diretora técnica da Organização Educacional Farias Brito. "Percebendo que muitos pais ainda têm receio de que os filhos retornem à escola, serão oferecidas opções de ensino remoto com aulas gravadas ou online, ou na opção de modelo híbrido", destaca.
Todas as escolas contatadas pela reportagem estão passando por mudanças estruturais para cumprir as diretrizes de biossegurança e contam com protocolos de saúde para orientação dos alunos nos dias de aulas presenciais. (Com Gabriela Custódio)
opovo.com.br
15.07.2020