A Azul Linhas Aéreas será a primeira companhia aérea brasileira a transportar para o país as primeiras doses da vacina contra o novo coronavírus. O Airbus A330neo da companhia deve partir de Recife (PE) às 23h desta quinta-feira (14), com destino a Mumbai, na Índia, para buscar cerca de dois milhões de doses da vacina desenvolvida pela AstraZeneca/Oxford.
Serão 15 toneladas de carga, a ser transportada entre a cidade indiana e o Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, em cerca de 15 horas de voo e mais de 12 mil quilômetros de distância, que retorna ao Brasil no próximo dia 16 de janeiro.
A operação será realizada pela Azul Cargo, unidade de cargas da Azul que possui vasta experiência no transporte e logística de cargas farmas e sensíveis. A aeronave será equipada com contêineres espessos que garantirão o rígido controle de temperatura da carga de acordo com as recomendações do fabricante. A empresa também deve garantir a chegada das primeiras doses da vacina na região do Cariri.
“Estamos muito felizes em realizar esta operação inédita em nossa história, principalmente porque temos a consciência de que estamos trazendo para o Brasil mais esperança na luta contra o coronavírus. Temos orgulho em realizar esse voo inédito para a Índia que trará mais um sopro de esperança na cura para a Covid-19 e agradecemos a confiança do Governo Federal na capacidade logística da Azul Cargo. (…) Estamos preparando nossa aeronave para trazer essas doses que, com a aprovação das autoridades sanitárias, serão distribuídas posteriormente para todas as regiões do Brasil.”, destacou o Presidente da Azul, John Rodgerson.
Os interessados em conferir a cobertura da decolagem da aeronave Airbus da Azul rumo a Índia, podem ver pelo Instagram REC Ao Vivo (@recaovivo), perfil que acompanha toda a movimentação aeroportuária no terminal da capital pernambucana.
Vacina de Oxford
Segundo o Ministério da Saúde, os documentos de importação da vacina já estão prontos. O procedimento compreenderá apenas a chegada ao país e o carregamento das doses. O lote foi fabricado pelo laboratório indiano Serum.
A distribuição, contudo, só poderá ocorrer após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dar a autorização em caráter emergencial. O órgão avalia o pedido feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que firmou parceria com a AstraZeneca e a Universidade de Oxford.
A Anvisa informou que a reunião para tomada da decisão sobre a concessão ou não da autorização em caráter emergencial está prevista para este domingo (17). A agência também decidirá sobre a solicitação feita pelo Instituto Butantan.
Caso a Anvisa dê a autorização, a previsão do Ministério da Saúde é que em até cinco dias as vacinas sejam distribuídas aos estados. Para além das duas milhões de doses da vacina da AstraZeneca, o governo informou que estariam disponíveis também, caso a Anvisa permita, mais seis milhões de doses da vacina CoronaVac, do Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
Com informações da Agência Brasil e Azul Linhas Aéreas
14.01.2021