Doação de kits intubação pela Espanha está a caminho do Brasil, diz ministro da Saúde - Cariri Ativo - A Notícia Com Credibilidade e Imparcialidade
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Doação de kits intubação pela Espanha está a caminho do Brasil, diz ministro da Saúde

Doação de kits intubação pela Espanha está a caminho do Brasil, diz ministro da Saúde

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Foto: Américo Antonio
Em audiência pública na Comissão Temporária da Covid-19 no Senado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira (26), que o Ministério fez uma série de ações para conseguir um aporte maior de kits de intubação para pacientes internados com Covid-19.

“Nós tivemos também o apoio da iniciativa privada: a Vale e outras indústrias fizeram uma doação muito expressiva desses materiais. Um primeiro lote já chegou e nos atendeu e ajudou muito os estados e municípios; e um segundo está chegando. Já saiu hoje de Portugal uma doação da Espanha”, informou.

O ministro acrescentou que a pasta abriu um pregão nacional e internacional, sem fixação de preço, para adquirir a medicação usada no procedimento de intubar pacientes. Ele disse ainda que o Brasil também está negociando com a Opas. A expectativa é de que em um curto prazo seja anunciada uma remessa desses insumos vindos dos Estados Unidos.

Oxigênio

Sobre a situação do oxigênio, Queiroga avaliou que o abastecimento “está relativamente sob controle”. O ministro lembrou o acidente em uma das plantas da White Martins, em Fortaleza, no último sábado (24) e anunciou que 18 caminhões para transporte do insumo já estão no país.

“Felizmente não houve vítimas. E era mais uma indústria de enchimento dos cilindros. Outro ponto é que eu informei para os senhores que nós estávamos apoiando a White Martins na importação de caminhões – são esses caminhões que levam o oxigênio líquido. Chegaram 18 caminhões, vindos do Canadá, que vão nos ajudar em relação a esse insumo, o oxigênio”, destacou.

Incorporação de remédios

Marcelo Queiroga pediu ainda apoio de senadores para aprovação do projeto de lei 415/15, que trata de aspectos econômicos das incorporações de tecnologias no sistema de saúde, segundo ele, inovações muito importantes no atual momento. A proposta, sob a relatoria do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), deve entrar na pauta do plenário do Senado nesta terça-feira (27).

Em audiência pública na Comissão Temporária da Covid-19, do Senado, o ministro citou o chamado coquetel de anticorpos monoclonais, um deles o Regn-CoV2, que obteve autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial.

“Os dados preliminares são alvissareiros porque eles apontam para uma redução de 70% do desfecho combinado óbito mais internação quando os pacientes que têm comorbidades recebem esse tratamento de maneira precoce”, afirmou.

Queiroga disse que, em função desse registro na Anvisa, pediu à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) uma análise sobre todos os aspectos relacionados com esse fármaco no que diz respeito à segurança, eficácia e custo/efetividade, para que seja considerado ou não para inclusão no protocolo.

“É muito útil que ele seja aprovado porque vai nos ajudar com relação aos protocolos, porque nós não podemos fazer protocolos somente com medicações cuja indicação no tratamento da covid-19 não está prevista, e isso pode se tornar um ponto vulnerável do ponto de vista legal nesses protocolos clínicos”, explicou.

Melhor assistência

A seguir, o ministro lembrou que essas indicações não foram aprovadas pela Anvisa, que tem competência para aprovar o uso de fármacos. Na prática, o Projeto de Lei 415 visa autorizar a Conitec a inserir fármacos usados no enfrentamento da Covid-19 nos protocolos clínicos do Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa é de que, com esses protocolos, as equipes médicas possam melhorar a assistência e ter melhores resultados nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) com redução de mortalidade.

Marcelo Queiroga lembrou aos parlamentares que a grande maioria dos fármacos utilizados para a Covid-19 não foi desenvolvida para o tratamento da doença. Ele citou medicações usadas para complicações da covid-19 como a dexametasona, que é um corticóide, e uma outra para o tratamento da artrite, chamada tocilizumabe.

Nesse último caso, o ministro da Saúde disse que já há alguns estudos publicados no Brasil apontando que o uso de tocilizumabe em pacientes mais graves não teve resultado tão satisfatório, mas outras pesquisas mostram que esse fármaco, quando aplicado numa fase inicial, pode ser benéfico ao paciente.

Fonte: Agência Brasil
badalo.com.br
27.04.2021