Os médicos afirmam, por meio de nota, que não recebem remuneração desde janeiro que a empresa terceirizada responsável pela administração do Hospital até fevereiro deste ano, a Aceni, ainda não deu previsão de quando os pagamentos serão efetuados. “Os profissionais estão deixando suas casas há 3 meses sem ter qualquer garantia ou perspectiva de recebimento”, diz o texto.
Segundo a categoria, com a suspensão parcial dos atendimentos, apenas os casos classificados como urgência e emergência estão recebendo assistência médica na unidade, e afirmam que os atendimentos serão normalizados somente quando os pagamentos forem realizados.
Em nota, a pasta Saúde em Juazeiro afirmou que ” não existe respaldo legal para a paralisação dos médicos, uma vez que os pagamentos não recebidos são referentes à empresa anterior que administrava a UPA e o Hospital São Lucas”. Esta diz que os atendimentos tanto no hospital quanto na UPA não foram paralisados e seguem acontecendo dentro da normalidade.
Quanto ao pagamento, afirmam que o município protocolou “uma ação junto ao Ministério Público solicitando realizar o pagamento por meio de depósito judicial. A Secretaria informa que o valor desse repasse está em conta e que aguarda a decisão da justiça sobre a forma de pagamento aos profissionais.”
A secretaria ainda afirma que irá dialogou com o Ministério Público e representantes da categoria para buscar um entendimento e evitar que a interrupção parcial do serviço prejudique os usuários dos equipamentos de saúde do Município.
A advogada que representa o grupo, Lívia Siebra, afirma que a Secretaria de Saúde já havia sido alertada sobre a possibilidade de interrupção dos atendimentos por conta dos atrasos salariais. “A notificação sobre a paralisação do serviço foi entregue à secretaria e consignada em audiência extrajudicial com a presença do Ministério Público”, pondera.
Tanto o Hospital São Lucas como a UPA são administrados atualmente pelo Instituto Diva Alves Brasil (IDAB), que assumiu a gestão dos equipamentos no dia 1º de março, após a saída da Aceni, da qual os médicos cobram os salários atrasados.


