Demontier Tenório
O pastor Daniel Medeiros Batista, de 48 anos, da Igreja Assembleia de Deus Ministério Pagiel segue recolhido à cadeia pública de Juazeiro por força de mandado judicial representado pela delegada titular da DDM em Crato, Kamila Brito. Hoje pela manhã o seu advogado Siralan Sabiá se manifestou sobre o assunto em entrevista concedida ao Site Miséria sobre a prisão ocorrida no dia 30 de junho e as denúncias de assédio e abuso sexual feitas por fiéis contra o mesmo.
O seu defensor considerou a decisão judicial “arbitrária” ao ser tomada “com os olhos da polícia e do Ministério Público” e, por isso, já pediu a revogação da prisão preventiva. Para ele não existem indícios de materialidade dos crimes e considera não ter obedecido aos requisitos exigidos para o encarceramento, criticando ainda a ausência de diligências e depoimento do pastor. “Uma pessoa só pode ser condenada após processo transitado em julgado com sentença condenatória”, observou.
O advogado até elogiou o trabalho da delegada Kamila Brito, mas considerou ter ocorrido “excesso no seu poder de polícia” ao não ouvir o acusado sobre as denúncias. “Ele foi preso para ser investigado”, estranhou Doutor Siralan. Sobre o caso em sí, disse ter ocorrido denúncias de um suposto crime de estupro em 2019, cuja denunciante, como acrescentou, permaneceu na Igreja onde estava há 15 anos até a repercussão em torno do fato.
Ainda conforme o advogado, após essa denúncia inicial surgiram outras de “supostos assédios” que teriam ocorrido em 2011 e 2014. Na defesa do seu constituinte, Siralan Sabiá lembrou, também, que o Pastor Daniel mora há 21 anos com a mesma mulher e “foi arrancado de sua casa e do convívio com familiares” por conta dessa situação sobre a qual insistiu na garantia da ausência de indícios de materialidade. Veja na íntegra a entrevista concedida ao repórter Tony Sousa com imagens do cinegrafista Guto Vital.
miseria.com.br
13.07.2021


