Marcelo Zurita, diretor técnico do Bramon, informou que o meteoro foi observado em estações de diversos estados do Nordeste brasileiro. Segundo ele, é possível que a queda do asteroide tenha sido observada em um raio até 300 km de distância, em estados como Ceará, Sergipe, Paraíba e Bahia.
Com as estimativas do ângulo da queda, conforme as imagens observadas pelas estações de monitoramento, os pesquisadores acreditam que grande parte dos fragmentos tenham caído na cidade de Valença do Piauí, a cerca de 200 km de Teresina.
“Ao caírem no solo, os fragmentos passam a ser chamados de meteoritos e possuem valor inestimável para a ciência. Através do estudo desses objetos, podemos saber mais sobre o espaço, o sistema solar”, destacou.
Orientações
Segundo Zurita, os pesquisadores têm muito interesse de obter uma amostra do material para estudos.
Ele informou que em 95% dos casos, os meteoritos possuem características semelhantes para serem identificados por pessoas comuns: têm aspecto de rocha, possuem uma crosta escura, interior claro e são atraídos por ímãs.
“As pessoas podem pegar, não tem problema. Podem guardar e acionar o Bramon, para que nós façamos a coleta para estudo. O material não é radioativo, não oferece riscos e pode ser manuseado”, informou.
Ao encontrar o material, as pessoas podem entrar em contato pelo e-mail bramonmeteor@gmail.com.
Segundo Zurita, é importante também que as pessoas observem imagens que tenham sido capturadas por celulares ou câmeras de segurança, informando local e horário da observação, além de relatos de testemunhas da queda. As imagens e relatos podem ser enviadas pelo formulário no site.
As imagens e relatos são importantes para determinar com mais precisão o local onde os meteoritos podem estar localizados, facilitando que sejam encontrados pelos pesquisadores. Isso ajudará nas pesquisas para tentar identificar tamanho, composição, idade e origem do meteoro.
Fonte: G1 PI
miseria.com.br
31.08.2021