O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, neste sábado, 7 que o voto eletrônico será “confiável” a partir do próximo ano. Isso porque, segundo o mandatário, entidades, dentre elas, as Forças Armadas, foram convidadas a participar das eleições.
“Tenham tranquilidade porque o voto eletrônico, calma, fiquem tranquilos, vai ser confiável ano que vem por que? Por que vai ser confiável? Porque tem uma portaria lá do presidente do TSE, o Barroso, convidando entidades para participar das eleições, entre elas as nossas, as suas forças armadas”, disse Bolsonaro durante evento em Ponta Grossa (PR).
O chefe do Executivo destacou que o ministro da Defesa, general Braga Neto, já está ciente da participação.
“E eu determinei ao ministro da Defesa, general Braga Neto, que já que fomos convidados, aceitamos. E passamos a acreditar no voto eletrônico”, destacou o chefe do Executivo.
Com isso, Bolsonaro acredita que as questões contra o voto na urna eletrônica são “um capítulo encerrado”. Contudo, o mandatário ainda afirma que o “ideal” seria mudar o sistema para o voto impresso.
“O ideal é o impresso, mas o eletrônico, dessa forma, com a nossa participação assim, como tem outras entidades confiáveis também, tem umas dez. E nós estamos jogando juntos, agora vai dar certo. Agora, até há pouco tempo, não era assim que era feito, então dava margem a suspeições, a críticas. Creio que isso vai ser um capítulo encerrado”, concluiu.
Confira o vídeo:
No início de setembro, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, anunciou a composição da Comissão de Transparência das Eleições, instituída na corte para acompanhar cada etapa do processo de preparação das eleições de 2022.
Dentre os integrantes, está o general de divisão do Exército e comandante de defesa cibernética, Heber Garcia Portella, que foi indicado pelo ministro da Defesa, Walter Braga Netto.
A comissão, em conjunto com outras medidas, busca dar mais confiabilidade ao processo eleitoral, após anos de ataques de Bolsonaro à urna eletrônica. A proposta vai incluir entidades da sociedade civil no processo eleitoral, para evitar tentativas de descredibilizar as eleições.
Haverá também uma inspeção do código-fonte da urna por partidos, seis meses antes das eleições, e ainda a presença de fiscais partidários durante o processo de inserção dos programas no dispositivo de votação e o aumento de urnas auditadas às vésperas do pleito.
Desde as eleições de 2018, o atual presidente afirma, sem apresentar provas, que o pleito foi fraudado e que 2022 sofre o risco de ocorrer o mesmo. Segundo o mandatário, ele teria tido votos suficientes para não precisar ter disputado o segundo turno com o candidato do PT, Fernando Haddad. Bolsonaro, todavia, nunca apresentou qualquer prova.
Fonte: O Povo
miseria.com.br
09.11.2021