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Steve Bannon, aliado de Trump e próximo ao clã Bolsonaro, se entrega ao FBI

Steve Bannon, aliado de Trump e próximo ao clã Bolsonaro, se entrega ao FBI

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Steve Bannon, cercado por guarda-costas, chega para se entregar no FBI Washington Field Office nesta segunda, 15 de novembro de 2021 em Washington, DC(foto: WIN MCNAMEE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / GETTY IMAGES VIA AFP)
O ex-estrategista da extrema-direita é acusado de desacatar o Congresso americano após se recusar a colaborar com as investigações sobre a invasão do Capitólio. No Brasil, ele mantém laços com clã Bolsonaro.

Autor Filipe Pereira

Aliado do ex-presidente Donald Trump, o ex-estrategista da extrema-direita Steve Bannon se entregou ao FBI, nos Estados Unidos, nesta segunda-feira, 15. Ele é acusado de desacatar o Congresso americano após se recusar a colaborar com as investigações sobre a invasão do Capitólio, no dia 6 de janeiro. Um comitê legislativo investiga a invasão, realizada em em protesto pela derrota de Trump nas eleições.

Bannon foi denunciado duas vezes por desacato na sexta-feira, 12. Primeiro, por se recusar a comparecer para depor e depois por se recusar a fornecer documentos em resposta a uma intimação da comissão. Um juiz federal determinou a prisão. "Estamos derrubando o regime de Biden, eu quero que vocês fiquem focados, isso é só ruído", disse Bannon antes de se entregar. A expectativa é que ele seja ouvido por um juiz ainda hoje.

Em outubro, a Câmara, de maioria democrata, aprovou um resolução contra Bannon, pedindo que o departamento de Justiça tomasse providências contra ele. Foram 229 votos a favor, incluindo de nove republicanos, e 202 contra.

A comissão quer ouvir Bannon por acreditar que ele tinha conhecimento prévio dos acontecimentos da invasão, quando Trump incentivou uma insurreição quando o Congresso iria ratificar o resultado da eleição, vencida por Joe Biden. O protesto se transformou em algo mais violento, com o prédio do Congresso sendo invadido.

Na véspera, falando no seu podcast, Bannon deu declarações que depois foram consideradas suspeitas. "Será que o caos se vai instalar amanhã? Muitas pessoas me disseram: 'Se houvesse uma revolução, seria em Washington'. Bem, este vai ser o momento de vocês na história", afirmou.

O ex-conselheiro de Trump também mantém laços com clã Bolsonaro no Brasil, especialmente com o deputado de extrema direita Eduardo Bolsonaro, que costuma elogiar o americano. Bannon já prestou várias consultorias informais ao clã brasileiro e anunciou apoio a Jair Bolsonaro antes do segundo turno das eleições de 2018. 

opovo.com.br

16.11.2021