No período analisado, o número de acidentes se manteve estável entre 2016 e 2018 no Estado, variando entre dez e 11 episódios a cada 100 mil habitantes. Na sequência, houve um aumento em 2019, com o índice passando para 14,9/100 mil habitantes, seguido de queda em 2020, para 13,3/100 mil habitantes. Não foram divulgados dados para o ano de 2021.
Em relação às regiões do Estado, o Litoral Leste apresentou situação mais preocupante, com crescimento de casos no último triênio, passando de 33,5 em 2018 para 48,4 em 2020.
No Cariri, houve uma tendência cíclica de alternância de elevações e declínios, enquanto a região Norte e a Superintendência Regional de Fortaleza permaneceram com valores mais baixos ao longo do período.
O acidente mais comum registrado no Estado foi do tipo botrópico, com quase 60% dos episódios. O veneno liberado nesses casos tem ação proteolítica (capaz de degradar proteínas), coagulante e hemorrágica.
Além disso, em 40% dos casos pode haver complicações no local da picada. No total, homens pardos com residência em zona rural e idade entre 20 e 49 anos são os mais afetados por acidentes com serpentes.
Contudo, 84% dos mais de cinco mil casos notificados pelo Estado nesse período evoluíram para cura e 0,57% acabou com morte do indivíduo atingido. Os outros 15% não tiveram os dados divulgados no boletim.
Conforme a Sesa, a baixa letalidade indica que as medidas adotadas no território estão promovendo efeitos nos resultados da doença. Dentre elas, a secretaria destaca a capacitação clínica de profissionais da saúde e orientação da população sobre como proceder diante da ocorrência dos agravos.
O que fazer em caso de picadas por serpentes peçonhentas
Fonte: Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) e Secretaria da Saúde do Paraná
Como procurar auxílio médico
O Núcleo de Assistência Toxicológica do Instituto Doutor José Frota (IJF) conta com uma equipe de especialistas para o atendimento aos pacientes em plantão 24 horas e, além da assistência hospitalar, esclarece dúvidas sobre primeiros socorros e compartilha informações tanto para a população como para profissionais da saúde de outras unidades. É possível entrar em contato por meio dos números (85) 3255 5050 e (85) 98439 7494 (WhatsApp).
No Interior, outras unidades são referência para o atendimento de vítimas com animais peçonhentos. São elas: Hospital Municipal Dr. Eudásio Barroso, em Quixadá; Hospital Regional e Maternidade Alberto Feitosa Lima, em Tauá; Hospital Polo Dr. Eduardo Dias, em Aracati; Hospital Regional Casa e Saúde de Russas, em Russas; Hospital São Camilo, em Limoeiro do Norte; Hospital Regional Norte e Santa Casa Sobral, em Sobral, e Hospital Regional do Cariri, em Juazeiro do Norte.
Fonte: O Povo
miseria.com.br
27.01.2022


