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Pesquisadores cearenses descobrem que o limão possui uma substância capaz de inativar a replicação do Covid-19

Pesquisadores cearenses descobrem que o limão possui uma substância capaz de inativar a replicação do Covid-19

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Foto: Freepik
De acordo com um estudo em conjunto realizado por pesquisadores de universidades cearenses, o limão possui compostos naturais específicos capazes de combater o Sars-Cov-2, agente causador da Covid-19. A pesquisa, publicada internacionalmente em 2021, passou a ser incluída na base de dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) a partir de 2022.

A descoberta faz parte de um trabalho de Victor Moreira de Oliveira, estudante de Química da Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos, vinculada à Universidade Estadual do Ceará (Fafidam/Uece), de Limoeiro do Norte, em parceria com o grupo de Química Teórica e Eletroquímica (GQTE).

O ponto de partida foi justamente o hábito cultural nordestino de preparar chás de cascas de frutas cítricas, como laranja e limão, para pessoas gripadas. Quando a pandemia estava no início, ainda em 2020, as hipóteses e testes foram iniciados.

Através de simulações computacionais, os pesquisadores notaram que dos 8 elementos chamados limonoides, 4 deles têm potencial de inativar a proteína principal da replicação da SARS-CoV-2.

Segundo Paulo Victor, o estudo inicial funciona como uma triagem indicando quais medicamentos biologicamente ativos, seguros para o consumo humano e com efeitos colaterais reduzidos podem ser desenvolvidos.

Do grupo de oito limonoides analisados, os quatro que mostraram atividade promissora são:

  • Calodendrolídeo
  • Pedonina
  • Harrisonina
  • Dasacetilnimocinol

Apesar dos resultados iniciais serem animadores, é preciso continuar com o trabalho de investigação. A equipe de cientistas defende maiores investimentos para o desenvolvimento da ciência no Estado do Ceará através da montagem e modernização de laboratórios, além da disponibilização de bolsas de estudo.

INCENTIVO À PESQUISA

O coordenador do grupo e orientador do trabalho, o professor Emmanuel Marinho, destaca a abundância do limão na nossa região como um  fator facilitador de futuras pesquisas, já que não há necessidade de culturas complicadas ou pouco viáveis financeiramente.

“São fármacos que a gente acredita ter baixa toxicidade. Para um laboratório, já ter esses dados da nossa pesquisa vai dar um bom direcionamento. A importância da nossa pesquisa é justamente esse passo inicial”, pontua.

Fonte: DIÁRIO DO NORDESTE
badalo.com.br
29.06.2022