Após o parto, muitas mulheres ficam com inúmeras dúvidas sobre o tipo de alimentação que devem consumir, durante o período de amamentação. Os alimentos que a lactante consome determinam a qualidade e o sabor do leite materno, ajudam a preparar o bebê para a fase da introdução alimentar e influenciam diretamente na disposição da mãe.
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De acordo com Lúcia Endriukaite, nutricionista do Instituto Ovos Brasil, existem vários mitos, passados de geração a geração, sobre alimentos que poderiam causar algum problema na mãe bebê durante esta fase. “O ovo seria um destes alimentos. Entretanto, é apenas um mito, sem comprovação científica, e a lactante pode consumi-los tranquilamente no seu dia a dia. Vale lembrar que o ovo é um alimento nutritivo, prático e de fácil preparo, além de ser acessível a todos”, comenta a especialista.
Neste período de lactação, é essencial manter uma alimentação rica em proteínas, carboidratos, ácidos graxos, além de minerais, como magnésio, cromo, cobre, selênio, ferro, vitaminas A, E, C e vitaminas do complexo B, entre elas colina. “A colina é um nutriente essencial para a transmissão de impulsos nervosos e formação da memória que teve início no período gestacional. Além disso, ela é fundamental para a composição e manutenção de células”, comenta Lúcia Endriukaite.
O ovo é uma fonte importante de proteína, ácidos graxos mono e poliinsaturados, vitaminas, minerais e carotenóides importantes para a nutriz. Por conta das mudanças no ritmo diário e das alterações metabólicas do organismo feminino nesta fase, é importante que a alimentação materna seja equilibrada e variada para garantir a ingestão de nutrientes e compostos bioativos.
“Neste período, a mulher tem necessidade aumentada de proteína e o consumo de 2 a 3 ovos diariamente em formas de preparos diferentes favorecem esse aporte. Desse modo, quem amamenta pode, sim, comer ovos, exceto se houver a presença de alergia”, explica a nutricionista do Instituto Ovos Brasil.
Segundo o relato da nutricionista Lúcia, em uma alimentação equilibrada, o ovo contribui com nutrientes como vitamina A, D, E,K, ferro, selênio, vitaminas do complexo B como colina, vitamina B12, ácido fólico que são elementos importantes para a manutenção do estado nutricional da mãe. “O ovo contribui com a alimentação materna, que deve ser equilibrada e pode, indiretamente, favorecer um maior aporte de vitaminas e minerais ao leite materno”, completa a especialista.
Ovo na dieta e o desenvolvimento do bebê
Nos primeiros anos de vida do bebê ocorre um desenvolvimento acelerado do sistema nervoso que teve início durante a gestação. Neste período, a mãe passa a produzir uma maior quantidade de colina endógena, que não é o suficiente para a demanda dela e do bebê.
Para atender esta necessidade, o ovo, alimento fonte de colina, proporciona uma maior quantidade deste nutriente, e portanto, melhora o aporte da mãe-bebê e contribui para o desenvolvimento do sistema nervoso da criança.
“Os carotenóides luteína e zeaxantina, presentes na gema, são poderosos antioxidantes e protegem os olhos dos raios solares. Além disso, estudos científicos mostram que a luteína está relacionada à cognição. Vale lembrar que estes carotenóides são biodisponíveis em meio gorduroso e a luteína e a zeaxantina do ovo estão imersos na gordura presente na gema”, ensina Lúcia Endriukaite.
O ovo é um alimento completo, prático, saboroso e de fácil aquisição. Em uma alimentação equilibrada, ele contribui para a saúde da mãe e seu bebê.
Referências:
Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.
Sobre Lúcia Endriukaite
Formada pela Faculdade de Nutrição-Universidade de Mogi das Cruzes, especialista em Fitoterapia pela ASBRAN com Pós-graduação em Fitoterapia Clínica (Faculdade do Litoral Paranaense), Bases Nutricionais para Atividade física (FMU), em Administração de Serviço de Nutrição e Dietética (São Camilo).
Com uma vasta experiência na área de nutrição, Lúcia Endriukaite ministra palestra em escolas técnicas, universidades e em eventos do setor do agronegócio, em âmbito nacional. É responsável por pesquisas técnicas, elaboração de informativos e encartes educativos para a população e profissionais, no Instituto Ovos Brasil. Além de atender em seu consultório particular na área da educação, é docente convidada em cursos de Pós-Graduação.
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