Varíola dos macacos: amostras do Ceará têm de ser enviadas à Fiocruz-RJ para diagnóstico - Cariri Ativo - A Notícia Com Credibilidade e Imparcialidade
Anúncio

Varíola dos macacos: amostras do Ceará têm de ser enviadas à Fiocruz-RJ para diagnóstico

Varíola dos macacos: amostras do Ceará têm de ser enviadas à Fiocruz-RJ para diagnóstico

Compartilhar isso

 

Ceará tem 88 casos notificados, conforme a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). O quarto caso de Monkeypox no Estado foi confirmado há 15 dias.

Autor Ana Rute Ramires

O número de casos suspeitos de varíola do macaco no Ceará chegou a 88. Há duas semanas, o quarto caso da doença foi confirmado. Nenhum outro caso foi confirmado até o dia 31 de julho. As amostras de pacientes com suspeita são enviadas para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-CE) que trata o material e envia para a Fiocruz- RJ.

Dos pacientes que tiveram confirmação para a doença, são três residentes de Fortaleza (sexo masculino, 35, 26 e 30 anos) e um do município de Russas (sexo masculino, 43 anos). 

Do total 35 foram descartados e 49 ainda estão em investigação, conforme a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). Em dez dias, o número de notificações aumentou 79%.

Conforme Sarah Mendes, secretária executiva de Vigilância em Saúde, na rede pública, os exames dos casos suspeitos são realizados na unidade de atendimento que é referência para isso no Ceará, o Hospital São José. 

Ela explica que o Brasil possui estados com transmissão comunitária, como São Paulo e Rio de Janeiro, mas que "o Ceará não está ainda nesse perfil".

"A preocupação é manter os pacientes suspeitos isolados até a elucidação do caso e o isolamento dos confirmados pelo período de transmissão da doença. Também identificar os contatos, para que as ações de interrupção de cadeias de transmissão seja tomadas, minimizando o risco de alastramento da doença", acrescenta. 

O que sabemos sobre a doença

Como é transmitida?

- Principalmente por meio de grandes gotículas respiratórias. Como as gotículas não podem viajar muito, é necessário um contato pessoal prolongado;

- Fluidos corporais, contato com alguma lesão ou contato indireto com o material da lesão;

- Por meio da mordida de animais que carregam o vírus ou consumo destes.

Como se prevenir?

- Evitando contato com pessoas com caso suspeito e objetos que essas pessoas tenha usado, bem como com animais que possam estar doentes;- Uso de máscara de proteção e o distanciamento.

Quais os principais sintomas?

- A doença tem período de incubação pode variar de 5 a 21 dias;

- O estágio febril da doença geralmente dura de 1 a 3 dias (febre, dor de cabeça intensa, inchaço dos gânglios linfáticos, dor nas costas, dor muscular e falta de energia);

- O estágio de erupção cutânea, com duração de 2 a 4 semanas (lesões evoluem de máculas — lesões com base plana — para pápulas — lesões dolorosas firmes elevadas).

Qual a gravidade da varíola dos macacos?

- Além de transmissão menor, a letalidade da varíola dos macacos também é bem menor em comparação à varíola humana. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de mortalidade da doença surgida mais recentemente é de 3% a 6%. A mortalidade da varíola humana chegava a 30%, conforme o órgão.

- Em geral, os pacientes tomam remédios apenas para tratar os sintomas como dor de cabeça e febre. Casos mais graves podem ocorrer em gestantes, idosos, crianças e pessoas que têm doenças que diminuem a imunidade.

Existem vacinas disponíveis que protegem contra a doença?

- As vacinas contra varíola comum (humana) protegem também contra a varíola dos macacos. Com a erradicação da doença no mundo, em 1980, a vacina deixou de ser aplicada. Pessoas que foram vacinadas há mais de 40 anos contra a varíola humana ainda podem ter alguma proteção;

- Ainda não há recomendação para a vacinação em massa. E não há vacinas disponíveis no mercado neste momento. Se houver surto ou grande frequência de casos, pode ser necessário acionar a indústria para essa produção. (Com agências)

opovo.com.br

02.08.2022