PL diz à Justiça que Moro se beneficiou de caixa 2 e senador se defende: 'desespero de perdedores' - Cariri Ativo - A Notícia Com Credibilidade e Imparcialidade
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PL diz à Justiça que Moro se beneficiou de caixa 2 e senador se defende: 'desespero de perdedores'

PL diz à Justiça que Moro se beneficiou de caixa 2 e senador se defende: 'desespero de perdedores'

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Legenda: O PL acusa Moro de ter se beneficiado ao lançar seu nome como pré-candidato à Presidência antes de se candidatar ao Senado pelo Paraná.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Processo tramitava em segredo de Justiça até a semana passada.

Escrito por Redação

Partido Liberal (PL) acusou o ex-juiz, ex-ministro da Justiça e atual senador, Sérgio Moro (União Brasil), de ter cometido abuso de poder econômico e se beneficiado de caixa 2 nas eleições ao Senado pelo Paraná, em 2022.

O processo tramitava em segredo de Justiça até semana passada, mas o sigilo foi revogado pelo desembargador Mário Helton Jorge, relator do processo no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), e foi revelado pelo colunista Rogério Gentile, do UOL, nesta terça-feira (24).

De acordo com o colunista, com base no documento, o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu a cassação do mandato de Moro. O senador, porém, negou ao UOL que tenha feito qualquer ilegalidade e disse que a ação é "desespero de perdedores".

O QUE DIZ O PL?

O processo foi aberto pelo PL em novembro do ano passado. "O que se inicia como uma imputação de arrecadação de doações eleitorais estimáveis não contabilizadas, passa pelo abuso de poder econômico e termina com a demonstração da existência de fortes indícios de corrupção eleitoral", alega o partido.

Segundo a legenda, o "abuso de poder econômico" supostamente cometido por Moro na disputa eleitoral ao Senado gerou um "desequilíbrio" que prejudicou a legitimidade do resultado. À época, o principal adversário de Moro nas eleições era Paulo Martins, do PL, que recebeu 1,7 milhão de votos, frente aos 1,9 milhão recebidos pelo ex-juíz.

O PL também denuncia que Moro, antes de se candidatar ao Senado pelo União Brasil, cogitou se lançar à Presidência da República pelo Podemos, e que essa pré-candidatura foi um "estratagema pernicioso" para driblar a legislação e o teto de gastos da disputa, que seria sua "verdadeira" intenção desde o início.

"O conjunto das ações foi orquestrado de forma a, dentre outras irregularidades, usufruir de estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma disputa de menor visibilidade e teto de gastos vinte vezes menor, carregando consigo todas as vantagens e benefícios acumulados indevidamente", argumentou o PL.

A legenda também apresentou números e disse que, somando os gastos da pré-campanha com os da campanha, Moro teria utilizado, no mínimo, R$ 6,7 milhões para se lançar nas eleições, quando o teto da campanha ao Senado era em torno de R$ 4,4 milhões.

O QUE DIZ MORO?

Em nota enviada ao colunista do UOL, Moro informou que ainda não foi notificado pela Justiça Eleitoral. "Daquilo que vi pela imprensa, porém, percebo tratar-se de uma ação feita em parceria pelo PL/PR e Podemos, ou seja, entre o segundo e terceiro colocados derrotados, atendendo aos interesses de uma nova eleição e do PT", comentou.

O senador eleito considera o processo "puro desespero dos perdedores e de quem teme nosso mandato". "Não houve aplicação ilegal de recursos, tampouco caixa 2, triangulação ou gastos além do limite, como sugerem provar apenas com matérias de blogs e notícias plantadas", complementou o ex-ministro.

Ele disse ainda que a pré-candidatura à Presidência teve efeito "oposto" e que o abandono da corrida presidencial gerou desgaste político e impacto emocional. "Tentam nos medir com a régua deles. Mas nossa retidão moral é inabalável e inquestionável, como será novamente demonstrado", disse.

diariodonordeste.verdesmares.com.br

25.01.2023