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Wellington Dias diz estar disposto a depor contra Bolsonaro em tribunal no caso Yanomamis

Wellington Dias diz estar disposto a depor contra Bolsonaro em tribunal no caso Yanomamis

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Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou desconfiar que houve intenção de desmantelar o acesso dos indígenas Yanomamis a direitos básicos e confirmou que, se necessário e oportuno, prestaria depoimento contra Bolsonaro no Tribunal.

Autor Mariana Lopes

 O ministro do Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à FomeWellington Dias (PT-PI), afirmou que estaria disposto a depor em tribunais internacionais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a crise humanitária do povo Yanomami.

As declarações do ministro ocorreram em entrevista a jornalistas do Uol. Ao ser questionado sobre o assunto, Wellington respondeu: “Com certeza, né? Se tiver essa oportunidade e segurança de informações com certeza prestarei”.

Segundo o ministro, Bolsonaro deve ser responsabilizado pelas mortes de Yanomamis em Roraima. “É o presidente da República. O ministério da Saúde que precisava garantir a permanência de atendimento com saúde, não garantiu. A segurança não garantiu. Alimentação, as condições de apoio à produção, não garantiu”, argumentou Dias.

Dias ainda afirmou desconfiar que houve intenção de desmantelar o acesso dos indígenas Yanomamis a serviços de saúde e assistência social.

“(...) Isso aqui eu acho que já diz claramente, não é? Do outro lado, das pessoas que vieram quase todas ali recebendo o Bolsa Família. Então aqui tem claramente um plano, um plano que levou as pessoas ao adoecimento”, declarou.

Wellington Dias avaliou que as mortes de indígenas por fome e falta de atendimento médico resultam em genocídio praticado pelo governo Bolsonaro. De acordo com o ministro, pelo menos 21 comunicados oficiais chegaram à Presidência da República sobre o estado da área Yanomami, sem providências.

O próprio ministro do Desenvolvimento Social classificou a crise como"genocídio" e “crime grave”, em nota publicada suas redes sociais. Wellington visitou Roraima para averiguar a situação da crise ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), neste sábado, 21.

crise humanitária do povo Yanomami deve ser enviada ao Tribunal Penal Internacional de Haia em algumas semanas. O processo inicial, feito pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) em 2021, tem como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por genocídio e crimes contra a humanidade. Agora, o processo de recolhimento de informações sobre o povo Yanomami deve levar algumas semanas para ficar pronto e ser enviado a Haia.

opovo.com.br

26.01.2023