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Vereador gaúcho é indiciado por racismo após comentários contra baianos

Vereador gaúcho é indiciado por racismo após comentários contra baianos

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Legenda: Sandro Fantinel foi expulso de partido e Câmara Municipal de Caxias do Sul abriu processo para sua cassação
Foto: Reprodução/Câmara de Caxias do Sul

Sandro Fantinel fez discurso preconceituoso em sessão parlamentar

Escrito por Redação

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou o vereador de Caixas do Sul Sandro Fantinel (sem partido) pelo crime de racismo, após o discurso preconceituoso contra baianos feito de 28 de fevereiro. 

O indiciamento foi encaminhado ao Ministério Público. Caso condenado, o parlamentar pode sofrer pena de 2 a 5 anos de prisão. O crime é inafiançável imprescritível.

Fantinel, que sofre processo de cassação na Câmara Municipal de Caxias do Sul, fez discurso xenofóbico em sessão parlamentar sobre o resgate de trabalhadores, em sua maioria baianos, encontrados em situação análoga à escravidão em vinícolas de Bento Gonçalves.

O parlamentar pediu que os produtores da região "não contratem mais aquela gente lá de cima" e disse que os funcionários da Argentina que seriam "limpos, trabalhadores e corretos".

A Polícia Civil instaurou procedimento investigativo em 1º de março e apresentou o indiciamento nesta segunda-feira (13). Segundo o delegado Rafael Keller, responsável pelas apurações, houve entendimento de que em sua fala o parlamentar discriminou pessoas em razão de sua procedência nacional. 

REPERCUSSÃO DA XENOFOBIA

Após a aprovação do processo de cassação do vereador, uma comissão parlamentar foi criada para o caso. Foram dados 90 dias para ser apresentado um relatório final para votação em plenário.

Fantinel foi processado pelo Ministério Público Federal (MPF), que pediu indenização de no mínimo R$ 250 mil. 

O partido Patriotas expulsou Sandro do quadro e classificou o pronunciamento como "desrespeitoso e inaceitável".

Em vídeo publicado nas redes sociais, Sandro disse que se sente “extremamente arrependido” e pediu desculpas pelos ataques xenofóbicos.

Segundo ele, sua família tem sido ameaçada após a fala em defesa de empresários e de vinícolas autuadas por trabalho análogo à escravidão no Rio Grande do Sul.

diariodonordeste.verdesmares.com.br

15.03.2023