O crime teria acontecido devido ao ciúmes, por Dione estar se relacionando com a ex-esposa do réu.
Escrito por Emanoela Campelo de Melo
Carlos Rhylder Feitosa de Oliveira foi condenado a 15 anos e nove meses de prisão. O homem é acusado de assassinar a facadas o assessor jurídico do Ministério Público do Ceará (MPCE) Dione de Moura Araújo, em um restaurante em Fortaleza. O crime teria acontecido devido ao ciúmes, por Dione estar se relacionando com a ex-esposa do réu.
Nesta quinta-feira (4), o Tribunal do Júri decidiu que Carlos é culpado pelo crime. O homicídio foi triplamente qualificado: com motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
A Justiça decidiu que o regime inicial é fechado, sendo negado o direito de recorrer em liberdade. Rhylder também foi condenado a reparação de danos à família da vítima, no valor de R$ 100 mil.
COMO O CRIME ACONTECEU
Dione Araújo estava em um restaurante, localizado na Rua Lino Condé, bairro Cambeba, por volta de 22h45 do dia 7 de novembro de 2020, acompanhado da namorada e de uma amiga, quando "de repente, sem qualquer discussão anterior, inclusive, foi surpreendido pelo acusado, momento em que o réu desferiu três golpes, um deles no pescoço da vítima, sem possibilitar-lhe qualquer chance de defesa", conforme denúncia do MPCE.
Na época, uma amiga da vítima, que acompanhou o sepultamento e não quis se identificar, presenciou o crime e afirmou: 'Foi a maior covardia que vi'.
Carlos Rhylder foi preso em flagrante minutos depois, após a Polícia Militar do Ceará (PMCE) ser acionada e iniciar uma perseguição ao veículo do suspeito, que terminou próximo ao Km 40 da BR-116, no Município de Horizonte, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
FOTO CARRO APREENDIDO
Poucos meses antes do crime, em maio de 2020, Carlos havia proferido ameaças e agressões físicas à ex-companheira, que motivaram a concessão de medidas protetivas.
"Ainda segundo a inicial acusatória, o denunciado, de forma corriqueira, acompanhava a vítima através das redes sociais, utilizando, para tanto, diferentes perfis, buscando ter conhecimento sobre os locais frequentados por ela", completa a decisão judicial, quando ele foi pronunciado.
O acusado já tinha antecedentes criminais por crime de trânsito e posse irregular de arma de fogo. A reportagem não localizou a defesa de Carlos Rhylder.
diariodonordeste.verdesmares.com.br
05.05.2023