Ex-primeira-dama foi imunizada contra o vírus nos Estados Unidos
Escrito por Redação
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro postou nos stories do Instagram fotos do cartão de vacinação contra a Covid-19, na noite desta quarta-feira (3). A publicação surge no mesmo dia em que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de operação da Polícia Federal (PF).
A esposa de Jair Bolsonaro publicou duas fotos. Na primeira, Michelle aparece ao lado do médico Albert Levy, responsável por vacina-lá. Conforme disse, ele teria emigrado para Nova Iorque após se formar na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Albert é médico da família e atua na Manhattan Family Practice, uma clínica privada, na Park Avenue, em Nova Iorque.
Michelle teria sido imunizada com a vacina Janssen, em 21 de setembro de 2021, em Manhattan. Não há informações se a ex-primeira-dama foi contemplada com demais doses de reforços, conforme recomenda o Ministério da Saúde.
A vacinação teria acontecido no mesmo período que o ex-presidente participava da 76ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e Michelle o acompanhava.
OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL
Em operação deflagrada nesta quarta-feira (3), a Polícia Federal prendeu seis pessoas e cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em Brasília e no Rio de Janeiro. Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente, foi um dos presos.
A PF fez buscas na casa do ex-presidente Bolsonaro e apreendeu o celular dele. Mais cedo, foi informado que o celular da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL), também havia sido apreendido, mas ela negou isso em suas redes sociais.
A Operação Venire é parte do inquérito policial que apura a atuação das chamadas “milícias digitais”, em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes.
São investigados os crimes:
- crimes de infração de medida sanitária preventiva;
- associação criminosa;
- inserção de dados falsos em sistemas de informação;
- corrupção de menores.
FRAUDES EM CERTIFICADOS DE VACINAÇÃO
A representação da PF encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) aponta que Mauro era o principal articulador da fraude do cartão de vacinação. Marcelo Câmara, assessor especial do presidente, também era um dos envolvidos.
Com a inserção de dados falsos no sistema, segundo a PF, eram alteradas as informações de imunização dos beneficiários. "Tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos)", detalhou a corporação
A investigação indica que o grupo buscava, assim, manter o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid.
diariodonordeste.verdesmares.com.br
04.05.2023