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"Mosquitinho" de banheiro: duas novas espécies descobertas; entenda

"Mosquitinho" de banheiro: duas novas espécies descobertas; entenda

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Há cerca de 2,5 mil espécies da família Psychodidae no mundo. Algumas conseguiram se adaptar ao ambiente urbano (foto: LUIS MIGUEL BUGALLO SÁNCHEZ/WIKIMEDIA COMMONS)
Pesquisadores encontraram novas espécies da família Psychodidae em Minas Gerais. Algumas espécies dos "mosquitinhos" de banheiro, como são popularmente conhecidos, se adaptaram ao ambiente urbano e encontraram nos ralos um habitat; entenda.

Autor Mateus Brisa

Duas novas espécies de Psychodidae, insetos conhecidos popularmente como “mosquitinhos-de-banheiro”, foram encontrados por pesquisadores em montanhas do município de Conselheiro Pena, em Minas Gerais. Nomeadas de Arisemus sinuosus e Neopericoma bela, as espécies foram descritas em revista especializada da Nova Zelândia e vivem em região pouco explorada da Mata Atlântica.

“Apesar de serem parecidas com aqueles mosquitinhos-de-banheiro que vemos nas nossas casas, quando observamos essas novas espécies em microscópio, encontramos muitas diferenças, como formato das estruturas da cabeça e das asas, e também estruturas utilizadas na cópula, características usadas no reconhecimento das diferentes espécies”, explicou ao portal G1 o entomólogo Danilo Pacheco Cordeiro, do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA).

Há cerca de 2,5 mil espécies da família Psychodidae no mundo. Algumas ganharam o apelido de “mosquitinhos-de-banheiro” e conseguiram se adaptar ao ambiente urbano, pois os ralos têm condições físicas parecidas com aquelas onde eles vivem na natureza: são ambientes úmidos e fartos em comida, de gordura a restos de cabelos e pele morta.

“A grande maioria só é encontrada em ambientes naturais preservados, reproduzindo-se nas margens de riachos, dentro da água acumulada em bromélias e em diversos outros ambientes”, relatou Danilo.

A presença desses insetos é considerada um bioindicador da qualidade de vida selvagem. Eles cumprem trabalhos importantes para o meio ambiente, como “se alimentar das partículas da matéria orgânica de animais e plantas quando estão se decompondo, [dividindo] esse trabalho com as bactérias, fungos e outros microrganismos”, explicou o pesquisador ao portal G1. Por isso, a descoberta das espécies é um indicativo da qualidade ambiental da região onde foram encontradas.

opovo.com.br

02.05.2023