Mauro Cid foi questionado sobre isso no depoimento de terça-feira (06) à Polícia Federal, mas ficou em silêncio.
Em nota enviada à TV Globo, a defesa de Cid afirmou que "não obteve acesso aos autos que embasaram a determinação da oitiva" e que, por isso, "o cliente recorreu ao seu Direito Constitucional ao Silêncio". A nota ainda diz que "após o devido acesso à documentação que embasa a investigação (...) Mauro Cid estará à disposição para esclarecer tais fatos".
Foram identificadas, por exemplo, segundo fontes que acompanham o caso, minuta para decretação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), que permite exclusivamente ao presidente da República convocar operação militar das Forças Armadas, em graves situações de perturbação da ordem. E tratativas para decretação do Estado de Defesa.
Vários interlocutores dele, identificados na perícia do celular, estão na mira agora da apuração da PF. Alguns nomes ainda são mantidos sob sigilo absoluto, pelo cargo de destaque que ocupavam no governo passado. O inquérito avança neste sentido.
Outros já estão sendo chamados para depor e até mesmo foram detidos na mesma operação da PF que levou Mauro Cid para a prisão, no começo de maio.
Foram flagrados nas tramas para um golpe o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros e o sargento Luis Marcos dos Reis, que era da equipe de Mauro Cid.
Reis não falou em depoimento à PF na tarde desta quarta-feira sobre as provas materiais colhidas nas investigações sobre as tratativas do golpe após as eleições de 2022. O sargento, que também está preso, ficou calado, segundo fontes do caso. Ele alegou não ter tido acesso aos autos, mesma estratégia de defesa adotada ontem pelo coronel Mauro Cid.
(g1.com)
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09.06.2023