Para o MP, o crime aconteceu com emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas
Escrito por Redação
O Tribunal do Júri condenou Cícero Nilton da Silva, por duas mortes ocorridas em um centro de recuperação para pessoas com dependência química. Na última sexta-feira (4), Cícero foi condenado a 23 anos e quatro meses de prisão devido ao duplo homicídio qualificado.
O Judiciário acatou a tese da acusação do Ministério Público do Ceará (MPCE), que apontou o denunciado como responsável pelas mortes de Fabrício Oliveira Pontes e Raimundo Pereira Gonçalves. Para o MP, o crime aconteceu com emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.
Cícero desferiu golpes contra as vítimas usando uma foice e uma esfera de gesso. O crime aconteceu em setembro de 2018, na cidade de Milagres, Interior do Ceará.
SOFRIMENTO DAS VÍTIMAS
Uma funcionária do centro de reabilitação contou na época do crime que o suspeito havia dado entrada no equipamento há poucos dias por estar em situação de rua.
O suspeito foi preso por PMs do Batalhão de Policiamento e Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio), em Juazeiro do Norte.
"Diante do cenário apresentado, o Júri considerou que o réu teve a intenção de infligir o máximo de sofrimento possível às vítimas, o que configura como emprego de meio cruel. Além disso, Fabrício Oliveira estava dormindo no início do ataque, o que foi considerado como emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima", segundo o MPCE.
Cícero Nilton já tinha antecedentes criminais quando cometeu o duplo homicídio. Agora, foi negado a ele o direito de recorrer em liberdade.
diariodonordeste.verdesmares.com.br
08.08.2023