Legenda: Conforme denúncias dos moradores do entorno do estádio, os shows causam poluição sonora e ambiental antes, durante e depois da realização dos eventosFoto: ReproduçãoAnúncio do MPPB ocorreu uma semana depois de o artista anunciar a volta aos palcos
Segundo ela, o plano deve contemplar um projeto acústico com "medidas mitigadoras dos impactos ambientais negativos, com um estudo acústico que mapeie as áreas de influência direta e indireta do evento que venha a utilizar som amplificado e que comprove de modo eficaz a cessação do dano ambiental (poluição sonora), além de um Plano de Monitoramento de ruídos a ser operacionalizado durante o evento", diz trecho da publicação do MP.
Denúncias
Moradores do entorno do estádio denunciam que os shows causam poluição sonora e ambiental antes, durante e depois da realização dos eventos, representando "graves danos à saúde pública e ao meio ambiente, posto que, dentre as pessoas atingidas, estão também crianças com espectro autista e idosos, que sofrem não apenas com o excessivo barulho causados por potentes equipamentos de som como também com a restrição da própria mobilidade", informou.
A população local também relatou diversos problemas como aglomeração intensa de pessoas, duração excessiva das apresentações - que chegam até as 5h30 da manhã -, danos ao solo, rachaduras em teto das casas e descarte irregular de resíduos.
A promotora de Justiça argumenta que a recomendação se embasa, além dos depoimentos, vídeos e áudios, em perícia técnica, comprobatória dos danos. "O parecer técnico não recomendou a autorização de shows no estacionamento do Estádio Almeidão, tendo em vista que a realização não se adequa aos aspectos ambientais, de saúde pública e legislação local (ausência de infraestrutura de isolamento acústico, entre outros aspectos), além da distância entre o estacionamento e as residências mais próximas ser de apenas 15 metros", afirmou.