Delegado da Polícia Civil que agrediu mulher em Aurora é indiciado por sete crimes - Cariri Ativo - A Notícia Com Credibilidade e Imparcialidade
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Delegado da Polícia Civil que agrediu mulher em Aurora é indiciado por sete crimes

Delegado da Polícia Civil que agrediu mulher em Aurora é indiciado por sete crimes

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Foto: Reprodução
 O Relatório Final da PC-CE sobre o caso, assinado por três delegados, foi entregue ao judiciário em 24 de novembro.

Raiana Lucas

O delegado Paulo Hernesto Pereira Tavares foi indiciado por sete crimes pela Polícia Civil do Ceará (PC-CE), após uma confusão na cidade de Aurora, onde agrediu uma mulher. O tio da parceira do delegado e duas testemunhas também foram acusados.

O Relatório Final da PC-CE sobre o caso, assinado por três delegados, foi entregue ao judiciário em 24 de novembro. Entre os acusados, apenas o delegado está detido.

O advogado Artur Feitosa Arrais Martins, que assumiu a defesa do delegado Paulo Hernesto, afirmou que seu cliente tem um histórico de serviços prestados à sociedade e que traumas familiares afetaram sua saúde mental, levando-o a usar medicamentos controlados que podem causar lapsos de memória.

Os suspeitos foram indiciados pelos crimes de:

Paulo Hernesto Pereira Tavares (delegado) – dirigir alcoolizado (previsto no Código de Trânsito Brasileiro), lesão corporal, injúria, ameaça, resistência, desacato e falso testemunho (estes previstos no Código Penal Brasileiro);
José Leite Fernandes (tio da companheira do delegado) – resistência;
Raimundo Josiano Vasques Felix – falso testemunho;
Clayton Silveira de Brito Alves – falso testemunho.

As testemunhas

Segundo os depoimentos das testemunhas, o delegado Paulo Hernesto dirigiu embriagado e perseguiu um adolescente, perdendo o controle do veículo e causando um acidente. Vídeos nas redes sociais mostram o delegado agredindo uma mulher. Quando abordado pela polícia, resistiu e desacatou os oficiais.

Três pessoas afirmaram à Polícia Civil que também foram vítimas do delegado. Um homem que tentou intervir na confusão disse que foi ameaçado e insultado por Paulo Hernesto. Outro homem relatou que também foi agredido pelo delegado.

Um advogado que chegou à delegacia para acompanhar as vítimas foi chamado de “advogado de bandido” e também foi ameaçado. O relatório final descreve que o delegado questionou o advogado se ele já tinha andado de viatura policial, e afirmou que na próxima semana, ele teria uma experiência turbulenta.

Crimes das testemunhas

Conforme o relatório final da PC-CE, José Leite Fernandes, tio da companheira do delegado, tentou agredir os policiais militares para impedir a prisão do delegado. Embora José Leite não tenha sido preso em flagrante, a Polícia Civil decidiu acusá-lo de resistência.

Raimundo Josiano Vasques Felix e Clayton Silveira de Brito Alves foram convocados como testemunhas de defesa a pedido do delegado preso, Paulo Hernesto. Os investigadores concluíram que ambos deram falso testemunho, afirmando que não viram o delegado consumir álcool numa festa que ocorreu pouco antes do incidente. Por isso, os três foram acusados de falso testemunho.

miseria.com.br

Cariri Ativo

28.12.2023