Legenda: Kemilly Hadassa Silva, de 4 anos, foi estuprada e morta pelo primoFoto: ReproduçãoMenina foi morta em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, pelo primo
A mãe de Kemilly Hadassa Silva, Suellen da Silva Roque, lamentou a morte da filha, estuprada e morta pelo primo em Nova Iguaçu na madrugada de sábado (9). Nesta terça-feira (12), esteve na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), acompanhada de dois advogados e da tia.
"Eu sei que eu errei, não precisa ninguém me condenar porque a minha consciência me condena. Eu não desejo que ninguém passe pelo que eu estou passando", disse.
Conforme o Globo, ela relatou que errou ao deixar a criança e os irmãos sozinhos. "Eu sei que a minha falha foi grave, mas eu também não mereço ser julgada da forma que eu sou porque eu não tenho coragem de matar nem um bicho, nem um animal. Parece que a culpada sou eu, que quem tirou a vida da minha filha fui eu", afirmou.
"Por mim eu nem estaria mais aqui. Eu peço a Deus para ele me levar. Nem no enterro da minha filha eu pude ir, eu tenho que ficar escondida, nem me despedi dela. O mais triste é que eu não posso ir para casa, o tempo todo porque as pessoas estão me julgando. O tempo todo eu errei, mas quem nunca errou? Qual é a mãe perfeita?"SUELLEN DA SILVA ROQUEMãe de Hadassa
Segundo Suellen, ela só saiu porque sabia que alguns familiares estavam no quintal da residência. "Se não tivesse gente no quintal, eu juro que eu não tinha deixado os meus filhos sozinhos, eu nem ia para a praça, eu ficaria com as minhas amigas sentada lá embaixo. Se pelo menos tivesse passado pela minha cabeça o que aconteceria, eu não teria deixado a minha filha lá", declarou.
ENTENDA O CRIME
A menina desapareceu quando estava sozinha em casa com os irmãos de 7 e 8 anos, que não perceberam qualquer movimentação estranha na madrugada.
A mãe de Hadassa, Suellen Roque da Silva, de 29 anos, saiu de casa na última sexta-feira (8), às 23h, e retornou apenas na madrugada do sábado (9), por volta das 5h, quando percebeu que a filha mais nova tinha sumido. Segundo uma tia, a criança era tranquila e costumava dormir durante toda a noite.
O suspeito Reynaldo Rocha Nascimento, 22 anos, disse à polícia que havia retirado a menina de casa, pois sabia que ela estaria sozinha. O homem, primo de segundo grau da mãe de Hadassa, afirmou que Hadassa chorou após a violência sexual. Com medo de ser pego em flagrante, ele começou a cortar o pescoço da criança, mas desistiu e a enforcou.
Depois, ele escondeu o corpo da menina, que foi localizado pela polícia em um saco de ração.
A Polícia Civil informou que o homem confessou o crime após a localização do cadáver. Ele responderá por estupro de vulnerável e homicídio qualificado, de acordo com o delegado Mauro César.
Suellen será investigada por deixar a criança sozinha em casa sob a supervisão dos dois irmãos.
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Cariri Aivo
13.12.2023