Autor Thays Maria Salles
Relator do projeto do Novo Ensino Médio, o deputado federal Mendonça Filho (União Brasil-PE) admitiu que houve briga com ministro da Educação, Camilo Santana (PT), mas que o caso já está superado. A explicação foi dada nesta sexta-feira, 22, em participação no programa O POVO News.
Segundo o parlamentar, "todos os aspectos do texto foram resolvidos". "Houve. O calor de discussão é normal. Uma matéria tão polêmica e cheia de aspectos muito especiais, mas eu tenho um enorme respeito, como sempre [tive], ao ministro Camilo Santana".
Em sua avaliação "não ficou nenhum arranhão nessa relação". "Pelo contrário, queremos, tanto eu como o ministro, o bem da educação em prol dos jovens e das crianças do nosso país", concluiu Mendonça.
O relator também contou na ocasião que ambos os envolvidos se desculparam após a confusão. "Realmente foi uma discussão que, em algum momento, elevou-se a temperatura, mas nada além disso. Então, nós nos desculpamos mutuamente. Não houve nenhum desrespeito do ponto de vista pessoal. Para mim, superado, e tenho certeza que também para o ministro Camilo Santana".
O episódio ocorreu na última segunda-feria, 18, na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira (PP-AL). Em um momento de tensão, teriam sido desferidos socos na mesa. De acordo com o colunista Roseann Kennedy, do Estadão, o ministro e o deputado chegaram perto de brigarem fisicamente.
O tópico que gerou divergências foi relativo à carga horária para a formação geral básica. O Ministério da Educação defendia 2,4 mil horas, já Mendonça estabeleceu teto de 2,1 mil horas e tentou fechar acordo com 2,2 mil horas. O ministro, por sua vez, não faz concessões neste ponto.
O relator se queixou a interlocutores, conforme a colunista, da "intransigência" de Camilo, que atribui a razões pessoais. O parlamentar de Pernambuco foi ministro da Educação no governo Temer, que aprovou o modelo de Ensino Médio que vige atualmente.
Na quarta-feira, 20, o texto-base do projeto de lei foi aprovado na Câmara Federal. A proposta aprovada obedeceu a carga horária de 2,4 mil horas para a formação geral básica, somados os três anos, e 1.800 para a formação técnica, de forma escalonada. O texto segue agora para o Senado.
opovo.com.br
Cariri Ativo
23.03.2024