São mais de 42 mil tecnologias de acesso à água já
contratadas pelo Programa Cisternas no Semiárido, em 2024. Iniciativa chegou a
62,7 mil unidades no ano passado, incluindo as destinadas para a região
Amazônica
O Ministério do Desenvolvimento e
Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) anunciou, nesta
segunda-feira (10.06), a contratação de mais de 42 mil cisternas por meio de
convênio firmado com o Consórcio Nordeste, contemplando todos os nove estados
da região. O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal e outros
R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. São 39 mil tecnologias de acesso à
água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para produção de alimentos e para
consumo animal.
As tecnologias de acesso à água para a
produção de alimentos no Semiárido são associadas a serviços de assistência
técnica e ao repasse de R$ 4,6 mil por família beneficiada, via Programa
Fomento Rural. No convênio, firmado em maio deste ano com o Consórcio Nordeste,
o investimento extra de fomento é de R$ 13,3 milhões. O anúncio foi realizado
em Petrolina (PE), pela secretária nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional do MDS, Lilian Rahal.
“A população do Semiárido, especialmente
a população rural, é base do nosso Cadastro Único de programas sociais do MDS.
O Programa Cisternas tinha sido descontinuado e nós estamos resgatando essa
importante política pública", destacou Lilian Rahal, durante encontro
organizado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) denominado
"Missão Climática pela Caatinga, de Enfrentamento à Desertificação e à
Seca".
Em 2023, o Governo Federal retomou o
Programa Cisternas, tendo contratado 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o
Semiárido e as demais para a região Amazônica. "Iniciamos essa retomada no
ano passado e, este ano, avançamos na pactuação com todos os estados
nordestinos, a partir de uma articulação com o Consórcio Nordeste, importante
instância na nossa agenda em toda a região”, prosseguiu a secretária do MDS.
As tecnologias sociais de acesso à água
são um importante equipamento para a convivência com o Semiárido, promovendo
dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso,
pesquisas científicas mostram a importância delas na saúde de gestantes e
recém-nascidos.
A secretária Lilian Rahal acompanhou a
titular do MMA, Marina Silva, que também é ministra em atividade da Missão
Climática pela Caatinga, de Enfrentamento à Desertificação e à Seca, e que fez
anúncios de ações do Governo Federal para o Semiárido. Antes do evento de
assinatura dos termos, a comitiva esteve em Juazeiro (BA), cidade vizinha à
Petrolina, onde visitou famílias que vivem nas áreas rurais do município.
“As comunidades que nós visitamos hoje,
já viram que essa tecnologia funciona. Elas captam e utilizam água para consumo
e para a produção. Só que com as mudanças climáticas, essas mesmas famílias, do
Semiárido, são as mais afetadas”, destacou a ministra, que assinou o termo do
"Projeto de combate às mudanças climáticas e à desertificação nos
territórios do Semiárido", com foco em comunidades tradicionais e terras
indígenas, dentre outros.
Assessoria de Comunicação - MDS
Cariri Ativo
12.06.2024