Cristiano Santos lamentou o desencontro de informações sobre a morte da criança
A declaração de óbito da bebê foi dada pelo hospital onde ela estava internada na madrugada de sábado (19), mas o retorno da criança foi solicitado após familiares afirmarem ter visto ela mexer a mão durante o velório. A morte foi constatada no local novamente.
Segundo a perícia emergencial, realizada após pedido do Ministério Público, a bebê não apresentou sinais vitais durante a cerimônia de velório.
Cristiano explicou, na mesma entrevista, que várias pessoas de velório que ocorria ao lado começaram a comentar que a menina estava quente. Por volta das 15h do sábado, a família ficou ciente do assunto.
"Veio uma senhora de outro velório e ela comentou 'está todo comentando que a sua menina está quente'", contou ele na entrevista. O pai, então, começou a prestar atenção nos comentários. "A gente encostava, a gente percebia que ela estava quente. Só que a gente, como pai, como mãe, o sistema nervoso já estava bastante abalado. A gente queria que ela acordasse, sabe? Dava a impressão que fosse do psicológico da gente", disse ele.
O pai conta que não viu a mão da menina mexendo, mas diz também que criou esperanças quando ela foi retirada do velório para retornar ao hospital.
"Segundo o que passaram para a gente, não pode ser retirado um defunto de uma capela se não houver sinais. Foi dada mais esperança para a gente, sabe? Mas chega lá e é decretado óbito de novo", contou.
O que aconteceu no velório?
Familiares acionaram o Corpo de Bombeiros após suspeitas de que a criança estava com batimentos cardíacos e temperatura do corpo normal. Os socorristas retiraram a criança do velório e a levaram novamente ao hospital.
Logo depois, foram feitos testes pela equipe médica da unidade de saúde que indicaram 84% de saturação de oxigênio e 71 batimentos por minuto. Foi feito um eletrocardiograma, que não detectou "sinais elétricos". Segundo a Prefeitura de Correia Pinto, a bebê de oito meses foi levada à unidade de saúde pelo Corpo de Bombeiros Municipal "com relato de sinais e saturação".
"A equipe médica, mais uma vez, atendeu a criança, e foi constatado o óbito", informou a Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli.
A conclusão do segundo laudo, feito em caráter de urgência pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), aponta que existem razões para explicar os batimentos, mas as informações são sigilosas já que se trata de uma menor de idade.
Agora, o MPSC continua as investigações para apurar se houve negligência no atendimento à bebê.
