A importância de investimentos na melhoria da infraestrutura, principalmente a partir de novas soluções e tecnologias foi ponto central dos debates. A diretora executiva corporativa do IBP, Claudia Rabello, ressaltou que é essencial buscar alternativas para a produção de asfalto com viés de eficiência e sustentabilidade, especialmente no contexto em que se encontra o país que receberá no ano que vem a COP30. “A aproximação com a academia se torna fundamental e é chave para o desenvolvimento de soluções inovadoras que atendam às exigências ambientais e tecnológicas do nosso setor. Justamente por isso que o primeiro dia do nosso evento foi dedicado à apresentação de dissertações e teses, o que reforça a importância da pesquisa e troca de conhecimento entre o setor e a academia”, destacou Cláudia.
No fim do primeiro dia foram entregues os prêmios João Menescal Fabricio, de melhor dissertação, e Salomão Pinto, de melhor tese, entre os trabalhos apresentados. O prêmio de melhor dissertação foi para “Proposta para seleção de ligantes e misturas asfálticas considerando deformação permanente e fadiga”, de Victoria Nunes Ramos, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Já a melhor tese de doutorado foi para “A balanced mixture design framework for asphalt mixtures based on performance-volumetrics relationships”, de Marcos Lamha Rocha, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O segundo dia do Encontro do Asfalto trouxe a visão do mercado produtivo, mostrando o potencial e as oportunidades que o mercado de asfalto possui para continuar crescendo. Na abertura, o gerente de Sustentabilidade do IBP, Carlos Victal, destacou a importância do pilar ESG no desenvolvimento produtivo. Para o executivo, o combate à mudança climática tem de analisar a questão ambiental e também econômica e tecnológica. “No processo de transição energética existirão muitas oportunidades de novos segmentos, economias, expertises e no segmento de asfalto temos visto isso”, disse Victal.
Rosa Blajberg, engenheira de produção, da gerência comercial de asfalto da Petrobras, cujas vendas representam 80% a 90% do mercado brasileiro de produtos asfálticos, ressaltou o crescimento do mercado. “A partir de 2021 o mercado começou a subir ano após ano. Em 2024 estamos prevendo a venda de 2 milhões e 658 mil toneladas”, disse a executiva, no melhor resultado desde 2014. Ela destacou ainda a sustentabilidade do asfalto em comparação com outros produtos do mercado. “Por exemplo, uma tonelada de cimento gera 600 kg de CO₂, enquanto uma tonelada de asfalto gera cerca de 200 kg de CO₂”, comparou.
A programação ainda contou com uma mesa comemorativa dos 60 anos da Comissão de Asfalto, que é responsável pela curadoria técnica do Encontro de Asfalto.
Clique nos links abaixo para rever os dois dias de evento no Youtube do IBP.
|
Cariri Ativo
18.12.2024