Arilton Bastos Alves também teria a presença de MDA, alprazolam e venlafaxina no material biológico
Conforme a decisão que decretou a prisão, Arilton Bastos Alves também teria a presença de MDA, alprazolam e venlafaxina no material biológico. "Há indícios de que o investigado tinha por costume conduzir veículo automotor sob efeito de bebidas alcoólicas", complementa a medida judicial, de acordo com informações do g1.
"Ao ver do Juízo, diante destas informações, não há o que se falar em simples descuido ou inobservância de um dever de cuidado objetivo, mas em deliberada assunção de risco, mormente quando embalado pelo uso de drogas diversas", diz um trecho da decisão, assinada pelo juiz Danilo de Mello Ferraz, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Teófilo Otoni.
AGRAVANTES
A deliberação do magistrado também leva em conta o fato do suspeito ter deixado o local do acidente, o sobrepeso da carga – quase o dobro do permitido pela legislação de trânsito, segundo o documento – e o excesso de velocidade da carreta.
O juiz Danilo de Mello Ferraz ressaltou, ainda, que as investigações apontam que a principal causa do acidente foi o "tombamento do segundo semirreboque da carreta sobre a contramão direcional e, subsequentemente, o desprendimento do bloco de granito e o seu choque frontal com o ônibus.”
"Ressaltamos que o caso ainda está em fase de investigação, não fomos cientificados dos fundamentos da prisão e que todas as providências jurídicas cabíveis serão tomadas para assegurar o devido processo legal, direito de defesa e a restauração da liberdade", alegou a defesa de Arilton Bastos Alves, em nota ao g1.
ACIDENTE EM TEÓFILO OTONI
Pelo menos 39 pessoas morreram em um grave acidente envolvendo três veículos, na madrugada de 21 de dezembro, na BR-116, na altura da Lajinha, zona rural de Teófilo Otoni, em Minas Gerais. Segundo o Corpo de Bombeiros, a colisão ocorreu às 3h30 e envolveu um ônibus, uma carreta e um carro.
Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), essa foi a maior tragédia registrada em estradas federais desde 2007, data de início da série histórica disponível para consulta.
A Polícia Civil de Minas Gerais chegou a pedir autorização judicial para prender o motorista em dezembro de 2024, mas a solicitação foi negada pela Justiça.
Após a investigação inicial, a principal hipótese é de que a carreta estava com excesso de peso, em alta velocidade, e que, na altura do distrito de Lajinha, em Teófilo Otoni, um grande bloco de granito se soltou de um dos reboques, caindo na pista para, em seguida, ser atingida pelo ônibus.
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Cariri Ativo
22.01.2025