Rogério Brito
Circula nas redes sociais um vídeo que supostamente mostra a venda de lagartixas para consumo no Crato, no Cariri. As imagens exibem vários animais dentro de uma vasilha, sendo manuseados por uma pessoa. A legenda sugere que moradores estariam substituindo a carne pelo réptil. No entanto, as agências de checagem Lupa e Reuters desmentiram o boato, confirmando que a informação é falsa.
“Sem a picanha e sequer o pé de frango. Moradores de Crato-CE se alimentam de calangos”, diz a legenda de um dos vídeos que circulam nas redes sociais. “Iguaria! Calangos são vendidos em feira no Crato. Moradores relatam ser a carne principal. ‘É dura, mas é boa’”, diz outra.
De acordo com as agências de checagem, o vídeo não foi gravado no Crato, tampouco no Brasil. Por meio de busca por frames do vídeo, constatou-se que ele foi compartilhado pela primeira vez por um perfil da Indonésia, em novembro de 2024. A publicação traz a hashtag #tokaygecko, referindo-se a uma espécie de lagartixa nativa de partes da Ásia.
“O perfil se apresenta como criador e exportador de lagartixas, exibindo diversas postagens que mostram um criadouro desses répteis”, diz a checagem da Agência Lupa. “O vídeo não mostra a venda de calangos para consumo humano no Ceará, mas um réptil que não ocorre naturalmente no Brasil. A filmagem foi publicada por um criador de lagartixas na Indonésia”, pontua a Agência Reuters.
miseria.com.br
Cariri Ativo
10.02.2025