Autor Fabrícia Braga
Gabriela Cunha Lima, sobrinha do médico Fernando Cunha Lima, de 81 anos, afirmou na sexta-feira passada, 7, que se sente aliviada após a prisão do tio, acusado de crimes sexuais contra menores. O médico foi capturado em Pernambuco após passar quatro meses foragido da Justiça da Paraíba, segundo o portal g1 Paraíba.
“Hoje é o primeiro dia em 42 anos, quase 43, que tenho paz. Ter um estuprador de crianças a menos na rua é motivo de conforto”, declarou em entrevista à TV Cabo Branco.
Gabriela relatou ter sido vítima do tio quando tinha apenas 9 anos, na década de 1990.
O crime, segundo ela, ocorreu durante uma viagem da família à casa de praia do médico, em João Pessoa. Na época, ela permaneceu em silêncio por dois anos, compartilhando a experiência apenas com uma prima que também estava lá, de acordo com o Jornal da Paraíba.
Embora o crime contra Gabriela já tenha prescrito, por já ter se passado mais de 30 anos, ela e a sobrinha foram incluídas no processo como testemunhas. Os depoimentos reforçam a investigação sobre abusos mais recentes, registrados a partir de agosto de 2024, quando a mãe de um paciente entrou em contato com as autoridades para denunciar Fernando Cunha.
Fernando Cunha Lima foi localizado em um imóvel alugado na cidade de Paulista, onde morava com a esposa e contava com uma rede de apoio para se esconder, ainda conforme o g1.
Após a prisão, ele foi levado para a Delegacia de Polícia de João Pessoa, onde passou por exame de corpo de delito e aguardará audiência de custódia. Ele nega as acusações e diz que não permanecerá na prisão.
Entenda o caso
O médico Fernando Cunha Lima foi preso na manhã de sexta-feira, 7, após passar quatro meses foragido da Justiça da Paraíba. Acusado de abusos contra crianças, ele foi detido em Pernambuco e encaminhado à Central de Polícia, em João Pessoa.
Ao ser abordado por jornalistas, o médico negou as acusações e afirmou que não permanecerá preso.
“Agora, com a minha doença, eu não vou ficar preso. Tenho certeza. Eu vou ficar só dois dias e saio”, declarou. Ele também alegou que sua fuga ocorreu porque não queria ser preso e que não se entregou antes por falta de orientação de seus advogados.
As investigações começaram após a mãe de uma menina de 9 anos denunciar o médico. Segundo ela, o crime ocorreu durante uma consulta no consultório, em João Pessoa. A repercussão do caso levou outras possíveis vítimas a procurarem as autoridades e relatarem situações semelhantes.
Após a prisão, ele passou por exame de corpo de delito e aguarda audiência de custódia, enquanto a Justiça define os próximos passos do processo.
opovo.com.br
Cariri Ativo
11.03.2025