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Veja o que se sabe até o momento sobre a nova variante da Mpox identificada no Brasil

Veja o que se sabe até o momento sobre a nova variante da Mpox identificada no Brasil

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Legenda: A Mpox provoca erupções na pele
Foto: Shutterstock

A nova cepa, chamada "Clado 1b", pode ser até dez vezes mais letal que a variante responsável pelo surto de três anos atrás.


Escrito por
Redaçãoproducaodiario@svm.com.br

O primeiro caso da nova cepa mais letal do vírus da Mpox, chamada "Clado 1b", foi confirmado na última sexta-feira (7) no Brasil. A variante, a mesma que tem causado um surto na República do Congo, fez a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretar emergência de saúde pública de importância internacional, seu nível mais alto de alerta.

Segundo O Globo, o caso diz respeito a uma mulher de 29 anos, moradora da região metropolitana de São Paulo, cujo quadro clínico evolui bem — a ponto de ela já ter alta na próxima semana.

A paciente afirmou que não viajou para outras regiões onde há surto da doença, mas disse que recebeu recentemente pessoas da República do Congo, seu país de origem.

Maior letalidade

A variante Clado 1 da Mpox costuma ser dez vezes mais letal que a Clado 2, que foi a cepa responsável pelo surto de três anos atrás.

A doença é da mesma família da varíola que foi erradicada em 1980, embora seja mais rara e, às vezes, mais leve. Uma das duas cepas mais conhecidas está relacionada à África Central, na região do Congo, e a outra está relacionada à África Ocidental.

A Clado 2 tem taxa de letalidade de aproximadamente 1%, enquanto que, na Clado 1, essa taxa sobe para 10%.

De acordo com a OMS, a Clado 1b já tem transmissão comunitária na República do Congo. Foram registrados grandes surtos em Burundi, Quênia, Ruanda, Uganda e Zâmbia. Fora da África, foram contabilizados casos no Brasil, no Reino Unido, na Alemanha, na Tailândia, na Bélgica, nos Estados Unidos, no Canadá, na França, na Índia, no Omã, no Paquistão, na Suécia e nos Emirados Árabes Unidos.

"Casos importados de Mpox ocorreram entre adultos que viajaram durante seus períodos de incubação ou apresentaram sintomas iniciais e foram diagnosticados após chegarem ao país que notificou o caso. Frequentemente, esses indivíduos relataram contato sexual prévio com uma pessoa com Mpox confirmado ou com alguém que apresentava sinais e sintomas sugestivos da doença", afirmou a OMS.

Como a Mpox é transmitida?

A Mpox é causada por um vírus chamado "Mpox vírus (MPXV)", do gênero Orthopoxvirus e da família Poxviridae. Ele pode ser transmitido para humanos por meio do contato com uma pessoa doente, com animais silvestres infectados ou com materiais contaminados.

A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto com erupções e lesões na pele e com fluidos corporais, como pus e sangue da pessoa infectada, segundo o Ministério da Saúde. Além disso, a transmissão também pode ocorrer por meio da saliva, quando houver úlceras, lesões ou feridas na boca, e em contato com objetos recentemente utilizados por uma pessoa contaminada, como roupas, toalhas e roupas de cama.

Os sintomas e sinais da patologia incluem dores de cabeça e no corpo, calafrio, febre, fraqueza, linfonodos inchados (ínguas) e lesões na pele.

Como se prevenir da Mpox?

A principal atitude é evitar o contato direto com pessoas doentes ou com suspeita da doença. Cuidadores, profissionais da saúde, familiares e parceiros do paciente devem utilizar equipamentos de proteção como luvas, máscaras, avental e óculos, por exemplo.

Além disso, quando houver suspeita ou confirmação, da Mpox, a pessoa deve cumprir isolamento imediato e não deve compartilhar objetos e materiais de uso pessoal até o término do período de transmissão.

Atualmente, o protocolo de tratamento da doença inclui medidas de suporte clínico para aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações e evitar sequelas. Na maioria dos casos, os sintomas desaparecem sozinhos em poucas semanas. No entanto, em algumas pessoas, o vírus pode gerar complicações e até levar ao óbito. 

A vacinação de grupos prioritários tem sido utilizada como estratégia para proteger pessoas com maior risco de evolução para as formas mais graves da Mpox.

diariodonordeste.verdesmares.com.br

Cariri Ativo

11.03.2025