Defesa de Ivan Barros classificou a prisão como “ilegal e arbitrária”
A polícia cumpriu um mandado de prisão preventiva, temporária e busca e apreensão direcionado a Ivan Barros, seguindo a Operação Jogada Marcada, deflagrada na última terça-feira (9) e conduzida pela Polícia Civil de Goiás.
Foram presos, até o momento, um ex-presidente de um time de futebol, […] do time do Crato. Na época houve uma investigação, porém no âmbito da justiça desportiva. Ele chegou a ser excluído do campeonato naquela ocasião, porém já regressou, uma vez que não teve a ação criminal. Agora a gente tenta responsabilizar criminalmente, uma vez que foram identificadas provas materializadas através de algumas medidas judiciais que comprovam o envolvimento desse presidente.

Ivan Barros é investigado por suspeita de participação no esquema de manipulação de jogos. Neste caso, as partidas suspeitas eram do Crato Esporte Clube, na Série A do Campeonato Cearense, na temporada 2022. Naquela ocasião, o time caririense acabou excluído da competição após ação movida por Maracanã e Icasa.
Em nota, o advogado de Ivan Barros, o senhor Brito Júnior, classificou a prisão de ex-presidente do Crato como “ilegal e arbitrária” e disse estar buscando acesso aos autos. O advogado afirmou ainda ter certeza da inocência de Ivan Barros.
Estamos buscando acesso aos autos, pois o processo tramita em segredo de Justiça, junto a Justiça do Estado de Goiás. Temos a certeza da inocência, assim como restou apurado e ele absolvido junto ao Tribunal de Justiça Desportiva do Ceará ainda em 2022. Que a investigação é completamente extemporânea em 2025, analisando fatos de 2022, onde o Cleison Ivan Barros já não atua com o Futebol desde meados de 2022, portanto é uma prisão ilegal e arbitrária, e que estamos no aguardo do acesso completo da investigação para concluir manifestação da defesa.
ENTENDA A OPERAÇÃO JOGADA MARCADA
Uma operação contra um esquema de manipulação de resultados foi deflagrada nesta terça-feira (9) pela Polícia Civil de Goiás. Foram expedidos mandados de prisão e de busca e apreensão em seis estados brasileiros, incluindo o Ceará.
De acordo com o G1, a operação Jogada Marcada investiga inclusive jogadores, treinadores e dirigentes de clubes do futebol brasileiro, e que as fraudes teriam movimentado uma quantia de pelo menos R$ 11 milhões.
A operação Jogada Marcada acompanha transações bancárias suspeitas envolvendo atletas brasileiros. Trata-se de uma operação semelhante à Penalidade Máxima, deflagrada em 2022 e que resultou em punições a jogadores, como Nino Paraíba e Richard, ex-Ceará.
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Cariri Ativo
10.04.2025