Legenda:Preso em flagrante, o fisioterapeuta estava fazendo o atendimento de um homem vindo do estado de Goiás
Foto:Divulgação / Polícia Civil do Paraná
Homem também é acusado de exercício ilegal da medicina
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Um fisioterapeuta, de 38 anos, suspeito de falsificação de medicamentos, armazenamento e venda de produtos impróprios para consumo, foi preso em flagrante na última segunda-feira (7), no Centro de Curitiba (PR). Contra o profissional, também foi atribuído o crime de exercício ilegal da Medicina.
Segundo a Polícia Civil do Paraná, que não divulgou o nome do fisioterapeuta, diversas irregularidades foram encontrados no local, como transporte de materiais médicos descartáveis (seringas e agulhas), armazenamento de botox sem refrigeração e sem nota fiscal, além de lixo hospitalar em descarte comum, e produtos como ácido hialurônico e anestésicos sem registro da Anvisa.
“O suspeito, que possui mais de 10 mil seguidores nas redes sociais e outros 2 mil em um aplicativo de mensagens, mostrava em suas plataformas diversas cirurgias íntimas realizadas por ele.
Além de atender em Curitiba, atuava em Balneário Camboriú, São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas”, explica a delegada Aline Manzatto.
No momento do flagrante, o homem estava realizando o atendimento de um paciente vindo de Goiás. “O procedimento daqui [em Curitiba], feito por esse fisioterapeuta, é muito mais barato. Com médico ficaria em torno de R$ 30 mil e ali o paciente pagava entre R$ 4 mil e R$ 4,5 mil”, diz a agente.
Legenda:Uma denúncia em dezembro do ano passado motivou a investigação contra o fisioterapueta
Foto:Divulgação / Polícia Civil do Paraná
De acordo com a delegada, em dezembro de 2024, um paciente de 41 anos registrou uma ocorrência relatando necrose em uma área íntima após realizar um procedimento de harmonização com o suspeito, onde surgiu a suspeita de que o produto utilizado seria diferente de ácido hialurônico, mas sim PMMA.
O PMMA é a sigla para polimetilmetacrilato, que é um componente plástico usado em diversas indústrias, na área de saúde e em outros setores produtivos.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) exige registro para uso do PMMA para preenchimento subcutâneo, pois é considerada uma substância de máximo risco.