Apoio da escola, alinhamento de expectativas e diálogo entre os jovens e a família são fundamentais para encarar medos e evitar frustrações
Em 24 de maio é comemorado o Dia do Vestibulando. O fim do Ensino Médio marca uma fase de transição e decisões importantes na vida dos jovens. Entre a alegria de encerrar um ciclo e a ansiedade pelo que está por vir, a escolha da graduação e da instituição de ensino surge como uma das decisões mais significativas. Definir qual carreira seguir é um marco na trajetória de um jovem, mas não precisa ser um momento de angústia. Com planejamento, autoconhecimento e acesso às informações corretas, o processo pode ser transformado em uma oportunidade de autodescoberta e construção de sonhos. Segundo educadores de escolas bilíngues, algumas dicas podem ser valiosas nesse momento. 1. Olhar para dentro: refletir sobre si mesmo e quais disciplinas o estudante mais gosta na escola é um bom exercício para começar a escolha. Pensar no que gosta de fazer nas horas livres e nos momentos em que se sentiu realizado são pistas importantes que dizem muito sobre a essência do indivíduo. 2. Explorar possibilidades: é recomendável não decidir antes de conhecer as opções, pesquisando os cursos de interesse, assistindo palestras e participando de feiras de profissões. Uma conversa com alguém que já está na área (primo, amigo ou professor que parece adorar o que faz) também pode abrir a mente do estudante para oportunidades que não havia imaginado antes. 3. Projetar o futuro: realizar o exercício de fechar os olhos e se imaginar daqui a 10 anos, balancear estabilidade financeira ou trabalhar por amor, são perguntas que ajudam a alinhar escolhas e sonhos. 4. Aproveite o agora: muitas vezes, escolher um curso parece uma decisão definitiva, mas não precisa ser! O momento pode ser encarado como o início de uma jornada de aprendizado e crescimento – o estudante pode mudar de ideia no caminho. O importante é começar de algum lugar e estar aberto às possibilidades. 5. Pesquisar sobre as faculdades: a escolha da instituição faz toda a diferença. Visitar o campus, conhecer os professores, estrutura, grade curricular e atividades extracurriculares, como intercâmbios, estágios e projetos, pode transformar a experiência acadêmica. 6. Usar testes vocacionais: testes vocacionais podem ajudar o estudante a enxergar novas possibilidades, servindo como um mapa para explorar caminhos. Combinar os resultados dos testes com conversas com professores e orientadores na escola ou até mesmo com psicólogos especializados em carreira também ajuda bastante. 7. Sonhar com os pés no chão: que tipo de contribuição você quer fazer ao mundo? Ajudar pessoas, criar coisas novas, resolver problemas? Conectar a graduação com um propósito maior pode tornar a escolha ainda mais significativa, aliando propósito e projeto de vida. Escolas têm papel de apoio importante O apoio das escolas é fundamental para ajudar os alunos no momento de escolher a graduação. Instituições de ensino que oferecem orientação vocacional, promovem feiras de profissões e organizam palestras com profissionais de diversas áreas desempenham um papel crucial nesse processo. Essas iniciativas ajudam os estudantes a se conhecerem melhor, entenderem o mercado de trabalho e visualizarem as possibilidades de carreira de forma mais clara. Além disso, professores, orientadores e conselheiros de carreiras podem atuar como guias nessa etapa, fornecendo informações valiosas e criando um espaço seguro para que os jovens expressem suas dúvidas e explorem suas escolhas sem medo. Quando a escola assume esse papel, ela não apenas auxilia na decisão do curso, mas também fortalece a confiança e autonomia do aluno para traçar seu próprio caminho. O Brazilian International School – BIS, de São Paulo, introduz os alunos no mundo das profissões desde a infância. O colégio promove atividades de simulações das profissões quando os alunos ainda são pequenos, tendo como “palestrantes” os próprios pais que atuam profissionalmente como médicos, advogados, entre outros ofícios. É uma forma de estimular o interesse pelas profissões desde cedo. Nos anos finais do Ensino Fundamental e no Médio, o trabalho pedagógico ganha o reforço de palestras de profissionais do mercado. "Nosso papel é estimular o autoconhecimento e oferecer informações claras sobre as áreas profissionais, ajudando os alunos a se sentirem mais preparados para decidir sobre a carreira. Plantões de dúvidas, orientação educacional e acompanhamento pedagógico garantem o suporte necessário para uma escolha assertiva e consciente", conta a counselor do BIS, Ana Cláudia Gomes.
No início do Ensino Médio, a jovem de 18 anos ainda não tinha clareza sobre qual carreira seguir, mas encontrou na escola o ambiente ideal para amadurecer essa escolha. “Fiquei em dúvida entre Direito, Relações Internacionais, Administração e Economia, e isso me deixava bastante ansiosa. Fiz um teste vocacional com uma psicóloga, o que ajudou muito, mas o que fez mesmo a diferença foi poder conversar com os professores da escola. Eles sempre foram muito abertos, tivemos muitas sobre suas experiências profissionais e opiniões sobre os cursos, e isso me ajudou bastante a encontrar meu caminho”, relembra. O contato próximo com professores, as palestras sobre universidades e o trabalho do setor de orientação de carreiras ajudaram Julia a encontrar o caminho que unia seus interesses por economia e gestão, além de permitir que ela enxergasse a possibilidade real de estudar fora do país. A escola também apoiou nesse momento: intermediar as expectativas da jovem e da família, especialmente pelo medo que o “morar fora” traz. “Apesar de ter sido uma fase muito estressante, consegui lidar melhor com a pressão graças à terapia, ao suporte da escola e ao diálogo com meus pais. Sempre fui uma pessoa que se cobra muito, mas aprender a entender meus sentimentos fez toda a diferença. Hoje, me sinto feliz com as escolhas que fiz e muito grata por ter tido uma rede de apoio tão presente nesse momento tão importante da minha vida”, afirma. A Escola Bilíngue Aubrick prepara os alunos para vestibulares nacionais e para certificações internacionais como os IGCSEs e A Levels. Para isso, tem como foco o desenvolvimento integral dos estudantes, oferecendo suporte personalizado para que cada jovem se sinta confiante em suas escolhas de graduação e carreira. Ao equilibrar a excelência acadêmica com o suporte emocional e informativo, a decisão é tomada com segurança e alinhada aos sonhos e objetivos de cada futuro profissional. “Realizamos reuniões regulares com alunos e famílias, criando um ambiente de diálogo aberto, onde expectativas, dúvidas e possíveis caminhos são discutidos com clareza. Esse acompanhamento próximo é aliado a um sólido programa socioemocional, que trabalha questões como ansiedade, autoconfiança e resiliência, preparando os jovens para enfrentar os desafios desse momento com tranquilidade”, afirma o orientador de carreiras Samuel Ferreira Gama Junior.
“Nosso objetivo é preparar os alunos não apenas para ingressar em universidades nacionais e internacionais, mas também para que se tornem protagonistas de suas trajetórias. Empreender é uma atitude que exige criatividade, determinação e a capacidade de transformar ideias em ações, e acreditamos que essas habilidades são fundamentais para o futuro de nossos estudantes”, afirma o diretor, Carlos Maffia.
Daniela Nogueira Vagner Lima Cariri Ativo 22.05.2025 |



