A descoberta foi publicada em artigo na revista Nature nesta quarta-feira (25)
Conforme o estudo, até então, estes corpos só haviam sido detectados por sua influência gravitacional ou por escurecer sua estrela quando passam diante dela, pois a pouca luz que refletem é oculta pela de seu astro.
"O James Webb passou muito tempo observando planetas que nunca haviam sido captados em imagem", disse a astrofísica Anne-Marie Lagrange, primeira autora do estudo, à AFP.
Os cientistas enfrentaram dificuldades durante os estudos porque os exoplanetas "são muito pouco luminosos", e também porque "somos ofuscados pela luz da estrela ao redor da qual giram", acrescentou a pesquisadora no Laboratório de Instrumentação e Pesquisa em Astrofísica do Observatório de Paris.
Descoberta
A descoberta do James Webb se deve ao seu coronógrafo, instrumento que se inspira no fenômeno do eclipse solar ao ocultar a estrela para revelar melhor o que a rodeia, e por seu espectrógrafo MIRI, capaz de captar os astros mais discretos graças à visão infravermelha.
Os especialistas apontaram o telescópio para a estrela TWA 7, situada a cerca de cem anos-luz da Terra. O objetivo, inicialmente detectado pelo telescópio Hubble, era promissor.
"A estrela é muito jovem, o que torna muito provável que estejam se formando corpos planetários no disco de matéria que a rodeia. Além disso, porque o telescópio vê esse disco protoplanetário de cima", diz o estudo.
"A maioria dos outros exoplanetas captados em imagem é o que chamamos de super-Júpiter", que possuem de 8 a 12 vezes a massa deste último.
Os astrônomos consideram que o James Webb tem o potencial de detectar e captar em imagem planetas com uma massa inferior à de TWA 7b, mas serão necessários futuros instrumentos, como o Extremely Large Telescope, esperado para 2028, para tentar captar a imagem de mundos de tamanho semelhante ao da Terra.
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Cariri Ativo
26.06.2025