Declaração foi publicada na tarde dessa quinta-feira (26), na rede social X
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (26), que conversou por telefone com o pai de Juliana Martins e assegurou que o governo irá custear o translado do corpo da jovem ao Brasil.
"Conversei hoje por telefone com Manoel Marins, pai de Juliana Marins, para prestar a minha solidariedade neste momento de tanta dor. Informei a ele que já determinei ao Ministério das Relações Exteriores que preste todo o apoio à família, o que inclui o translado do corpo até o Brasil", escreveu o presidente no X (antigo Twitter).
A declaração de Lula acontece um dia após o Itamarty negar a possibilidade de custeio do translado. Segundo o órgão, isso se deve à legislação brasileira, que não prevê a cobertura dessas despesas por parte do Estado, mesmo em casos de grande repercussão.
Outras propostas de ajuda
Diante da impossibilidade de ajuda financeira por parte do Governo Federal, familiares de Juliana preparavam os trâmites para trazer a jovem ao Brasil. Porém, a prefeitura de Niterói, no Rio de Janeiro, onde a publicitária vivia, se colocou à disposição para arcar com os custos do transporte.
O anúncio foi feito pelo prefeito do município, Rodrigo Neves (PDT), nas redes sociais. "Conversei com Mariana, irmã de Juliana, e reafirmei o compromisso da Prefeitura de Niterói com o translado da jovem para nossa cidade, onde será velada e sepultada", escreveu.
Além da gestão municipal, o ex-jogador de futebol Alexandre Pato também se ofereceu para arcar com os custos do translado.
O corpo da brasileira já foi identificado pela família e deverá passar por exame de necrópsia nesta quinta-feira (26), em uma cidade a cerca de duas horas da base do monte Rinjani. A repatriação será organizada pelas autoridades indonésias em cooperação com representantes brasileiros.
Relembre o que aconteceu
Juliana caiu de um penhasco durante trilha em um vulcão na Indonésia, na última sexta-feira (20) e foi encontrada sem vida na terça-feira (24), mais de 950 dentro do Monte Rinjani.
As buscas foram marcadas por obstáculos, como terreno íngreme, neblina intensa, pedras escorregadias e falta de sinalização. A operação foi interrompida diversas vezes devido às condições climáticas adversas.
Desde 2020, o vulcão Rinjani acumula oito mortes e cerca de 180 acidentes. Turistas e especialistas apontam a precariedade na infraestrutura de segurança da área, que carece de equipamentos, sinalização adequada e protocolos eficazes de resgate.
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Cariri Ativo
27.06.2025