Jonas Gomes Figueira era amigo de Wenderson Nunes Otávio, conforme familiares da vítima.
O Ministério Público Militar concluiu, após investigações sobre a morte do soldado Wenderson Nunes Otávio, que o jovem morreu atingido por um tiro na cabeça, dentro de um quartel no Rio de Janeiro. Anteriormente, os familiares foram informados que havia sido um suicídio.
As testemunhas da ocorrência receberam ordens para ficar em silêncio e corroborar com a versão do suicídio. No entanto, conforme divulgado pelo Fantástico de domingo (29), o amigo Jonas Gomes Figueira, ex-soldado do 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista, realizou o disparo em Wenderson. Ele foi indiciado por forjar a morte do colega.
Conforme o Uol, os advogados de Jonas Figueira afirmaram que a inocência dele ficará provada ao fim do processo. "A defesa de Jonas Figueira se manifestou por nota e diz que recebe com tranquilidade a denúncia oferecida pelo Ministério Público Militar por suposta autoria atribuída a este no crime de homicídio qualificado e que entende que não há justa causa para a presente ação ou para uma futura condenação de Jonas pelos crimes que lhe são imputados", destacou.
Além de Jonas, o terceiro sargento Alessandro dos Reis Monteiro também foi indiciado por não fiscalizar a entrada da arma no alojamento. O caso ocorreu no dia 15 de janeiro.
"O Figueira era amigo do meu filho. Ele vivia dentro da minha casa. Ele me chamava de tia e eu tinha uma consideração muito grande por ele. Eu senti para mim que tinha sido um acidente. Eu sei que foi um acidente, só que eu gostaria que ele me falasse. Eu acho que ele queria falar. Mas ele foi proibido", afirmou a mãe de Wenderson, Cristiana.
Brincadeiras com armas
A reportagem do Fantástico ainda destacou que Jonas costumava brincar com as armas. Alguns colegas, que pediram para não identificados, relataram que soltado era conhecido por fazer uso incorreto do armamento.
No dia do crime, ele apontou uma pistola de 9mm para Wenderson, acreditando que estava descarregada. Porém, ao disparar, atingindo o colega, Jonas percebeu que estava carregada.
O comandante do batalhão, Douglas Santos Leite, reuniu militares, determinando a versão oficial. As testemunhas foram proibidas de ter qualquer contato com a família da vítima.
“Mesmo assim, a gente falou. Porque estava errado”, afirmou um dos soldados ao Fantástico.
Com a descoberta, o pai da vítima, chamado Adriano, se pronunciou: "Muito aliviado em saber que a Justiça está sendo feita e que os culpados sejam penalizados e responsabilizados pelo crime que eles fizeram com o meu filho".
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Cariri Ativo
01.07.2025