Salário, foro no STF: o que mais Eduardo Bolsonaro perde ao renunciar a Câmara? - Cariri Ativo - A Notícia Com Credibilidade e Imparcialidade
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Salário, foro no STF: o que mais Eduardo Bolsonaro perde ao renunciar a Câmara?

Salário, foro no STF: o que mais Eduardo Bolsonaro perde ao renunciar a Câmara?

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Eduardo Bolsonaro / Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Deputado federal tirou licença parlamentar de 122 dias em março. Prazo termina neste domingo, 20, e não pode ser prorrogado.

Autor Agência Estado

Caso renuncie do mandato de deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) abrirá mão de R$ 46.366,19 de salário mensal. O político ainda perde até R$ 42.837,33 mensais de cota parlamentar, R$ 4.148,80 por mês de auxílio moradia e reembolsos de gastos com saúde que podem chegar a até R$ 135,4 mil.

Como deputado ele ainda tem direito a R$ 133,2 mil por mês para pagar o salário de 25 secretários parlamentares e indicar R$ 37,8 milhões anuais em emendas parlamentares ao Orçamento.

Há mais vantagens que Eduardo poderá perder. Como parlamentar, ele não pode ser preso, ao menos que em flagrante de crime inafiançável e com o aval do plenário da Casa e é inviolável civil ou penalmente por qualquer opinião ou voto.

Deputados também têm direito a foro privilegiado e só podem ser julgados no Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes cometidos no exercício do mandato. Sem esse direito, os processos tramitam na primeira instância do Judiciário.

Coluna do Estadão revelou mais cedo que Eduardo pretende permanecer nos Estados Unidos e cogita a renúncia caso não consiga uma nova licença — algo que o regimento interno da Câmara dos Deputados proíbe.

Neste ano, Eduardo gastou R$ 68 mil com cota parlamentar e indicou R$ 3,7 milhões em emendas individuais.

Por enquanto, em 2025, apenas R$ 477 mil das emendas indicadas foram empenhadas — o recurso foi destinado para a cidade de Caçapava (SP), para a compra de uma retroescavadeira.

À Coluna do Estadão, Eduardo disse que só voltará ao Brasil quando o ministro do STF Alexandre de Moraes não "tiver mais força" para poder prendê-lo.

"Se for o caso de perder o mandato, vou perder o mandato e continuar aqui. O trabalho que estou fazendo aqui é mais importante do que o trabalho que eu poderia fazer no Brasil", disse.

Eduardo Bolsonaro tirou licença parlamentar de 122 dias em março. O prazo termina neste domingo, 20, e não pode ser prorrogável (se ele optasse por novamente se afastar por quatro meses por razões pessoais).

Caso não renuncie o mandato, Eduardo Bolsonaro poderia perder o cargo por decreto da Mesa Diretora, quando tiver mais de um terço de faltas num ano.

Enquanto esteve licenciado, o deputado suplente Missionário José Olímpio (PL-SP) o substituiu. Desde que assumiu a função, em março, Olímpio não apresentou um projeto de lei e discursou 11 vezes no plenário.

Olímpio emprega apenas um funcionário no gabinete — Eduardo Nonato de Oliveira, que trabalhava com Eduardo, e recebe R$ 23.732,92 por mês.

opovo.com.br

Cariri Ativo

15.07.2025