As novas taxas começarão a ser cobradas em 7 de agosto, sete dias após a data anunciada originalmente.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na noite desta quinta-feira (31) um decreto que impõe tarifas mais altas a dezenas de países com os quais Washington afirma ter um déficit comercial.
As novas tarifas aduaneiras oscilam entre 10% e 41%, sendo a mais alta para a Síria, enquanto União Europeia (UE), Japão e Coreia do Sul estarão sujeitos a 15%.
Além disso, Washington aumentou em 5%, para 15%, os encargos para Costa Rica, Bolívia e Equador, e manteve intactos os previstos em abril para Venezuela (15%) e Nicarágua (18%).
As novas taxas começarão a ser cobradas em 7 de agosto, sete dias após a data anunciada originalmente. O adiamento tem como objetivo dar tempo às aduanas para se prepararem, explicou uma fonte do alto escalão.
BRASIL COM 10%
Na lista das novas tarifas, o Brasil aparece com 10%, mas apenas até 6 de agosto. O governo americano anunciou ontem que, sobre essa taxa mínima universal aos produtos brasileiros importados, vai acrescentar 40 pontos percentuais, o que equivale a 50%, devido, principalmente, ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado.
Trump ainda aumentou de 25% para 35% as tarifas sobre os produtos canadenses que entram nos Estados Unidos fora do T-MEC.
"O Canadá não cooperou para conter o fluxo contínuo de fentanil e outras drogas ilícitas, e tomou medidas de represália contra os Estados Unidos", criticou a Casa Branca em um documento.
MEDIDAS DO GOVERNO FEDERAL
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, em coletiva nessa quinta, que deve apresentar medidas de proteção aos setores atingidos pelo "tarifaço" de Donald Trump, que formalizou sobretaxa a produtos brasileiros.
"Dentro do plano de contingência já havia a previsão de medidas nessa direção, e nós vamos agora calibrar justamente para, à luz do que foi anunciado ontem, nós vamos fazer a calibragem para que isso possa acontecer o mais rápido possível", confirmou o ministro.
Na análise do titular da pasta, o anúncio feito pelo governo norte-americano saiu melhor que o esperado, o que representaria um "melhor ponto de partida" para as negociações que devem ser mantidas.
Junto da confirmação da taxa, o governo Trump anunciou uma lista de exceções com quase 700 produtos brasileiros que não serão inclusos, mas o ministro aponta que há setores afetados em situação "dramática".
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Cariri Ativo
01.08.2025