Após derrota na MP alternativa ao aumento do IOF na semana passada, articulação política deverá exigir fidelidade de quem mantém cargos no governo.
A ofensiva está sendo tocada pela Secretaria de Relações Institucionais do governo, comandada pela petista Gleisi Hoffmann. As exonerações já começaram no fim da semana passada após uma dura derrota do governo no plenário da Casa.
Esta coluna apurou que indicados dos deputados Moses Rodrigues (União) e AJ Albuquerque (PP) estão entre os que podem perder postos por ordem do Palácio do Planalto.
A Câmara decidiu retirar de pauta uma Medida Provisória, editada pelo presidente Lula, em alternativa à alta do IOF. A derrubada retirou R$ 17 bilhões de arrecadação do governo em 2026, gerando uma crise na equipe econômica.
Incômodo no Planalto
A cúpula do governo já vinha incomodada com a infidelidade de parlamentares que mantêm indicações estratégicas no governo e seguem votando sistematicamente contra a orientação do Palácio do Planalto.
Em entrevista ao Portal Metrópole, nesta segunda-feira (13), a ministra das Relações Institucionais confirmou que o governo fará exonerações e uma readequação de sua base no Congresso Nacional.
No Ceará, além dos dois parlamentares já citados, outros dois aliados do PT no Estado votaram contra a medida: Júnior Mano (PSB) e Luiz Gastão (PSD).
Reflexos locais em 2026
Caso se confirme a onda de exonerações do governo federal, haverá um novo elemento nas articulações locais para formar os palanques para 2026.
Moses e AJ integram a chamada União Progressista, alvo de disputa entre aliados do governador Elmano de Freitas e a oposição para a eleição do próximo ano.
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Cariri Ativo
14.10.2025