Empresa aguarda licença ambiental para realizar viagem inaugural entre o Piauí e o Porto do Pecém.
Trevisan ressaltou que a empresa está em diálogo constante com o Ibama e pronta para enviar eventuais complementações. Ele também não descartou a possibilidade de o órgão emitir a licença com condicionantes.
“Eles estão analisando todos os documentos, estão encaminhados e estamos conversando com eles [Ibama] diariamente. Se precisar de algum acréscimo de documentos a gente encaminha”, reforçou Trevisan.
“A gente já está apto a realizar a operação”, afirmou Trevisan, acrescentando que a TLSA aguarda apenas a autorização para iniciar a fase de testes.
Entre as exigências a serem corrigidas estão:
- Ausência de aprovação do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR);
- Ausência de manifestação favorável do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), considerando que o traçado da ferrovia afeta diretamente comunidades quilombolas;
- Análise das informações complementares apresentadas pela empresa relativas ao Plano Ambiental de Operação (PAO) e ao atendimento das condicionantes ambientais.
O primeiro trajeto iria transportar cerca de 20 vagões carregados com milho e soja, ligando o sul do Piauí ao Porto do Pecém, no Ceará.
Por meio de nota, o Ibama ressaltou que a “a Licença de Operação (LO) somente será emitida quando todas as exigências técnicas forem plenamente atendidas quando for comprovada a viabilidade ambiental da operação da ferrovia”.
Próximas etapas da liberação ambiental
Após o protocolo dos documentos, o processo segue as seguintes etapas:
- Análise de conformidade, para verificar se a documentação apresentada está completa;
- Análise técnica dos estudos ambientais;
- Vistoria, caso necessária;
- Parecer técnico recomendando aprovação, reprovação ou complementações;
- Publicação da decisão, que pode incluir a emissão da Licença de Operação (LO).

Obras podem ser antecipadas
Trevisan também afirmou que a TLSA pretende antecipar para o início de 2026 as obras no trecho entre Eliseu Martins e Itaueira, no Piauí, inicialmente previstas apenas para 2027.
“Nós queremos contratar no começo de 2026 e finalizar no início de 2028. O Nordeste precisa, a Transnordestina precisa, e queremos começar esses fluxos de carga vindo do Matopiba para o Ceará, mais precisamente para o Pecém”, destacou.
A expectativa é que a tramitação da licença avance ainda no primeiro trimestre de 2026.
diariodonordeste.verdesmares.com.br
Cariri Ativo
27.11.2025


