Lavar as mãos com água e sabão, não compartilhar objetos de uso pessoal, manter os ambientes ventilados e utilizar lenço descartável para limpar o nariz ou ao tossir. Estas são algumas das medidas básicas para evitar a transmissão de doenças respiratórias como a gripe.
De acordo com a coordenadora de Vigilância em Saúde do Ceará (Covig), Daniele Queiroz, o período de maior ocorrência de adoecimento é entre os meses de novembro e abril. “É quando acontece os casos graves (da gripe). A campanha de vacinação é em abril e a partir daí ocorre uma diminuição da transmissão”, diz.
A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, ocasionada pelo vírus influenza, e tem alto potencial de transmissão. Conforme Nota Técnica da Secretaria da Saúde do Ceará, há três tipos de vírus que circulam no Brasil: A, B e C. Os vírus A e B são responsáveis pelas epidemias sazonais.
Segundo Daniele, basta uma pequena mutação no vírus para que haja perda de imunidade. Se um vírus sofre algum tipo de mutação, uma nova vacina é produzida para imunizar a população. “O sistema de vigilância monitora o ano todo quais vírus estão circulando. Essas informações sobem de nível federal e internacional para que seja considerada a vacina para aquele momento”, explica a coordenadora da Covig.
Vacinação
O medicamento antiviral fosfato de oseltamivir (Tamiflu) não substitui a vacina contra a gripe. A vacinação protege contra a doença. E além da vacina, há outras medidas que também auxiliam na prevenção. “É o momento de conscientizar as pessoas que a vacinação é importante, assim como tem outras medidas, como lavar as mãos, proteger o rosto, ficar em casa – se estiver doente”, orienta.
Neste ano, a Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza será entre os dias 15 de abril e 31 de maio. O dia “D” de mobilização nacional será em 4 de maio. A meta é vacinar no mínimo 90% de cada um dos grupos prioritários (2.531.492 pessoas no Ceará). “Na experiência do Ceará, no ano passado, a vacina protegeu 40 vezes mais pessoas”, afirma Daniele Queiroz.
Os grupos prioritários são crianças de seis meses a menores de seis anos de idade (até 5 anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores da Saúde, gestantes, mulheres com até 45 dias pós-parto, população indígena, idosos (a partir dos 60 anos), portadores de doenças crônicas (como asma, hipertensão, diabetes, anemia falciforme) e que tenham algum risco clínico (imunossupressão, câncer, HIV/ Aids, obesidade).
“A influenza se espalha facilmente e é responsável por elevadas taxas de hospitalização. São mais vulneráveis ao contágio idosos, crianças, gestantes e pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, e com imunodeficiência”, ressalta a coordenadora de Vigilância em Saúde.
Sintomas
Os sintomas da gripe são febre, dores muscular e de garganta, tosse seca, prostração e forte dor de cabeça. A doença pode evoluir até quatro dias, como também se apresentar de forma grave e persistir por mais tempo.
“Se a pessoa tem algum fator de risco, doença de base, problema de imunidade, usando medicamento que reduz a imunidade, deve procurar o médico imediatamente. Para esse grupo (a doença) evolui com gravidade. Dispneia, febre persistente, diarreia, prostração. Atenção para menores de cinco anos e maiores de 60 anos”, alerta Daniele.
Em 2018, foram notificados 1.674 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave no Ceará. Destes, 449 foram confirmados para influenza, sendo 346 de influenza A H1N1 e 103 de influenza B. O estado registrou 74 óbitos por gripe no ano passado.
Assessoria de Comunicação da Sesa - Helga Rackel
12.02.2019