Foto: Samuel Pinheiro
O aumento no número de reclamações sobre o serviço de energia vem se tornando recorrente no Cariri. Para entender melhor sobre as reivindicação, o Portal Badalo ouviu alguns casos de clientes. As contestações mais comuns são sobre a alta taxa de iluminação pública, a falta de leitura nas residências e a cobrança mais alta do que o normal, em algumas vezes justificada pela bandeira vermelha.
Sobre a cobrança mais alta do que o comum, em um dos exemplos dados pelos clientes, o preço normal de sua conta de energia era R$ 300. Em um mês, a conta subiu para R$ 500 sem nenhuma mudança no consumo, segundo o cliente. “Em outras épocas de bandeira vermelha o aumento não foi tanto”, disse outro cliente.
Em um dos casos, uma ONG da região teve sua cobrança mensal, que era mínima (não havia consumo), transformada em um valor aproximado de R$ 400. Após muitas reclamações e protocolos, a conta foi parcelada, e as partes já pagas foram prometidas de ressarcimento, o que ainda não aconteceu. O nome de pessoa jurídica da ONG continua negativado pelas outras prestações do parcelamento.
No segundo caso que nos foi apresentado, uma pessoa física pagou sua conta de agosto deste ano e no mês de setembro recebeu aviso de pagamento duplicado, acompanhado do abatimento do valor pago no mês anterior. Já no mês de novembro, o cliente recebeu um aviso de débito referente a agosto, num valor mais alto do que o que foi cobrado e depois abatido, acompanhado de uma notificação de corte.
Sem saber sobre de onde veio o erro, a pessoa reclama da cobrança sem nenhuma explicação ou pedido de desculpas da empresa, afirmando que tentou por diversas vezes o contato pelo 0800, tendo esperado até 35 minutos na linha sem êxito. Quando finalmente conseguiu o contato, segundo ele, a atendente afirmou que o valor cobrado no mês de agosto, que veio com o aviso de duplicação em setembro com desconto, não constava nos registros da Enel, que só havia registro do valor mais alto, que estava em débito. O cliente tem o documento de cobrança em mãos como prova.
Sem conseguir retorno sobre a situação, o cliente entrou em contato com a ouvidoria da empresa de energia, que deu um prazo de 10 dias para o retorno. Este prazo encerrou na segunda-feira (9) e o cliente ainda não obteve retorno. “Vou ter que ligar lá novamente, para saber a minha situação. Olha o descaso da Enel”, afirma.
Em nota enviada por e-mail ao Portal Badalo, a Enel afirma que, acerca do caso da ONG, o cliente identificou uma falha no faturamento. “A distribuidora também esclarece que já havia cancelado o parcelamento das faturas e também creditado os valores na conta de energia, não restando contas em aberto no sistema da empresa”, afirma a nota.
Sobre o segundo caso, a Enel informou que, “devido a modernização do sistema comercial da companhia, houve a regularização do procedimento de faturamento e, durante o período de adequação, alguns clientes receberam duas contas com vencimento no mesmo mês, sendo leituras de períodos diferentes”. A distribuidora ainda afirma que não identificou pagamento em duplicidade para esse cliente, e que a conta do mês de agosto está em aberto no sistema.
Sendo assim, mesmo o cliente tendo o registro de duas cobranças para o mesmo mês, não há registro no sistema da distribuidora de energia. Com o estorno da primeira conta, menor, o cliente ainda não realizou o pagamento da segunda, constando no sistema. “O pagamento da conta de referência de agosto de 2019, com vencimento em 15 de outubro deste ano, ainda não foi efetuado”, afirma a nota, “a empresa comunica ainda que o cliente pode entrar em contato com os canais de atendimento (0800.285.0196 ou nas lojas de atendimento) para solicitar o parcelamento da conta sem juros”, conclui.
badalo.com.br
13.12.2019
