Foto: Reprodução/TV Integração
Especialista explica que testes não podem ser feitos dentro de casa. Fábrica clandestina que usava etanol para produzir álcool em gel foi fechada na Grande Fortaleza.
Um dos indicados para o combate ao coronavírus, o álcool em gel tem sido um dos produtos mais procurados pela população nas últimas semanas. Exatamente por isso, profissionais alertam sobre as estratégias que podem ser utilizadas para garantir a compra de unidades realmente eficazes para a higienização e sem danos à saúde do consumidor.
Na última terça-feira (24), uma fábrica foi desativada e pessoas foram presas em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), pelo desenvolvimento de produtos desse tipo falsificados com etanol.
Segundo Túlio Oliveira, perito criminal e supervisor do Núcleo de Química Forense da Pefoce, o primeiro passo é analisar o rótulo e a procedência do que se adquire.
“O rótulo é um bom aliado para conferir. A Anvisa e o Ministério da Saúde regulamentam os componentes daquele material. Perceba se está escrito que o álcool em gel tem os 70% e é adequado para a higienização. Além disso, é preciso diferenciar do gel para cabelo. Eles, por exemplo, também apresentam o álcool, mas não servem para combater o vírus”, afirma.
Além disso, ele alerta, comparar o produto com outros já utilizados frequentemente também pode ajudar.
“Você pode fazer um processo de comparação pelo aspecto e se tiver algo diferente do que já está acostumado a utilizar, em relação a textura e cheiro, por exemplo, denuncie e não faça mais a utilização. Se for perceptível, ele não está em conformidade”, direciona.
O profissional pontua que as empresas que fabricam produtos de higiene devem estar em adequação às regras e protocolos da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e junto ao Ministério da Saúde. Deste modo, os produtos precisam ter o selo e o registro, para tornar possível o processo de investigação por parte da população.
Cuidados
Diante desses passos básicos, o perito também alerta que os testes para confirmar a falsificação desses materiais só podem ser feitos por profissionais.
“Jamais a população pode vir a fazer testes que estão sendo divulgados pelas redes sociais utilizando o fogo. Isso é um risco iminente de uma explosão, exatamente porque não se sabe da procedência desse material ou se existe algum constituinte nele que possa acelerar a chama no momento em que se acende o fósforo”, finaliza.
badalo.com.br
26.03.2020