O anúncio da indicação para o posto do delegado Paulo Maiurino foi feito na tarde desta terça pelo recém-empossado ministro da Justiça, Anderson Torres, ele também delegado da PF.
Delegados da PF consultados pelo Blog avaliam que a corporação passou nas duas últimas décadas por um processo de “blindagem” contra interferências políticas.
O único hiato nesse processo foi a nomeação para diretor-geral de Fernando Segovia, no governo Michel Temer. Segovia sofreu forte reação da corporação e acabou demitido após três meses no cargo.
Paulo Maiurino é visto entre policiais federais como um delegado cuja carreira é mais política que técnica. Ele já ocupou cargos políticos no governo Geraldo Alckmin, em São Paulo — secretário de Esportes (2016-2018) e subsecretário de Segurança Pública (2018).
Esse perfil contrasta com o do antecessor de Maiurino, Rolando Alexandre de Souza, considerado um quadro técnico.
Os delegados ouvidos pelo Blog entendem que o cargo de ministro da Justiça é de natureza política e por isso é “normal” o presidente escolher para o posto alguém com esse perfil. Mas, dentro da PF, todo delegado que ocupa funções políticas passa a ser visto com desconfiança pela corporação.
Fonte: G1
miseria.com.br
08.04.2021