O casal teria tomado a terceira dose em Rio Novo (Foto: Walterson Rosa/MS)O casal mora em Belo Horizonte, mas possui outra residência em município do interior, onde teria tomado a 3ª dose da vacina contra a Covid-19. Ambos podem responder pelo crime de estelionato.
Rio Novo possui 8.712 mil habitantes. Até 7 de julho, o município tinha recebido 5.663 doses de vacinas. A quantidade, contudo, seria suficiente para imunizar menos da metade da população, já que são necessárias duas doses para completar o esquema vacinal. O MPMG já concedeu ação que impede o casal de tomar a segunda dose da Pfizer ou a primeira de algum outro imunizante, sob pena de multa de mais R$ 1 milhão.
Ainda, segundo a Justiça, a investigação sobre a revacinação teve início a partir de uma denúncia anônima. A análise dos dados das secretarias municipais de Saúde de Belo Horizonte e Rio Novo permitiram comprovar a revacinação de forma fraudulenta. "Tal conduta por parte dos demandados poderá comprometer o Plano Municipal de Vacinação, com indivíduos já vacinados desviando doses que deveriam ser direcionadas ao restante da população ainda não agraciada pelo imunobiológico", diz a ação civil pública.
De acordo com a promotora, o casal poderá responder pelo crime de estelionato. Ainda, de acordo com o Estado de Minas, na última quinta-feira, 8, o Ministério Público emitiu uma nota declarando que investigaria possíveis casos de revacinação e que poderia processar os envolvidos pelo crime de estelionato. Como o casal, a pessoa se enquadraria no crime quando, ao utilizar-se de artifício ou meio fraudulento, burla o sistema de vacinação e toma a terceira dose da vacina contra a Covid-19.
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