Apenas o Orós está com volume melhor do que o apresentado em 2020. O reservatório localizado no Centro-Sul do Estado apresenta o volume de 26,63%. Ano passado estava com 25,46.
O Banabuiú está com o volume de 9,18, enquanto ano passado se encontrava com 10,09. Os dados são do portal hidrológico, gerenciado pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) do Ceará.
Quadra chuvosa abaixo da média
O motivo do baixo volume hídrico nos três maiores reservatórios cearenses é o reflexo da quadra chuvosa, que ocorre entre fevereiro e maio, ter ficado 15% abaixo da média histórica. Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a média para o quadrimestre era de 600,7 milímetros, enquanto o observado foi de 508,3 mm. O cenário de precipitações reduzidas e irregulares já era esperado pela Funceme, conforme prognóstico divulgado em janeiro deste ano.
Com os dados de fevereiro, o Ceará acabou fechando o mês dentro da normalidade, com um desvio de 6,2%. Já em março e abril, houve redução. As informações do Calendário de Chuvas apontaram desvios negativos de 7,3% e 33,5%, respectivamente. Por fim, no último mês da quadra chuvosa, as precipitações ficaram 24,3% abaixo da média.
Seca fraca e moderada
O mapa mais recente do Monitor de Secas aponta que o estado apresenta 100% do seu território classificado entre seca fraca e moderada, sendo esta responsável por 60,3% da área total. Nas condições atuais, os impactos são de curto e longo prazo, diminuição do plantio, déficits hídricos prolongados, assim como faltas de água em desenvolvimento ou iminentes; e restrições voluntárias de uso de água.
Os resultados do Monitor de Secas indicam ainda que houve avanço da seca moderada no sudoeste do estado devido à piora nos indicadores. As áreas classificadas com seca fraca estão na porção noroeste (entre o Litoral Norte e a Ibiapaba) e no sul das macrorregiões Jaguaribana e Sertão Central e Inhamuns, onde se encontram os três maiores reservatórios do estado.
Entre as principais causas da variação dos níveis de seca está a habitual escassez de chuvas nesta época do ano. Conforme a Funceme, as precipitações reduzem drasticamente no segundo semestre. Entre junho e julho, período caracterizado como Pós-Estação, o acumulado deste ano foi de apenas 38,6 milímetros no estado como um todo, ficando 27% abaixo da média.